sexta-feira, 20 de maio de 2016

cultura em modo rambóia - PARTE II

Bom diaaaaa!!! 
Bom diaaaaa!!! 
Bom diaaaaa!!! 
Bom dia! 
- Bom dia!!

Bom dia gente boa! 
- Bom dia!?...
Bom dia Sr. Taxista! 
- Bom dia menina!
Bom dia!!! 

os bons dias foram gritados a bom pulmão em plena cidade alfacinha e devolvidos em sorrisos inesperados, outros em sobrancelhas arqueadas enquanto o BMW enfrentava as filas de trânsito. o entusiasmo da M. é-lhe tão genuíno e incontrolável que se torna contagiante. 

adoro Lisboa!!!
num percurso de duzentos metros após termos estacionado o carro, numa zona residencial, homens ciganos ofereciam-nos óculos de sol; uma cigana propôs-se a ler-nos a sina ao que a S. prontamente explicou a ciência da leitura de mãos à S.A. 
na esquina da tasca PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO que perdeu a batalha no second round aos PASTÉIS DE BELÉM outra mulher da mesma etnia exibia pandoras e lenços (lindíssimos)... toda a gente oferece tanta coisa!!, isto é um máximo, ironizei com elas!... é claro que não são ingénuas ou oferendas sequer... 
ao primeiro cigano tirei-lhe das mãos o par que estava mais ao alcance, sorri-lhe agradecendo e continuei o meu caminho. regateou o valor dos óculos pedindo-me o número de telemóvel quando a S. veio em meu auxílio muito aflita pois não saberia como me ligar depois (já que eu ficava sem número); ofereci-lhe o meu sorriso. foi elogiado mas não chegava. devolvi-lhe os óculos, desejei um bom dia. com as ciganas não me atrevi a tal brincadeira. 

Pastéis de Belém.
todas pediram dois pastéis. dois?! não é muito?! vão saber-te a pouco, vais ver!, avisou-me a S.A....
o empregado era qualquer coisa!!! se ele deixasse dava-lhe uma trinca e não fosse gay. tinha umas calças de tecido pretas e uma camisa branca. tirava-lhe a manga à cava, disse-me  a M. qual manga à cava?! ah!... aquela manga à cava. (os meus olhos dividiam-se entre o rabo e os bíceps, não tinha ainda alcançado aqueles ombros, o dorsal...). não lhe desfazia o nó daquela gravata azul e talvez deixasse o avental. pena, não tinha a placa identificativa. tinha barba de três dias. um sorriso discreto ainda que malicioso. olhos castanhos, brilhantes. a transparência da camisa anunciava os bíceps bem feitos mas a opacidade do tecido preto não disfarçava os glúteos torneados. simpático. pedi-lhe um compal sem gás. WTF?! desculpe, desculpe!!! de frutos vermelhos. vermelha fiquei eu com a minha atitude tão descabida.

o fulano era qualquer coisa, qual Pastel de Belém!
também comi dois (pastéis). oh meu deus... polvilhados a canela e açúcar em pó, ainda quentes... um mimo. um mimo era o empregado! 
a M. ainda proferiu cheia de lamuria que era uma pena ele não ter uma placa daquelas com o nome e, o menino, prontamente respondeu-nos: vou colocar uma nas costas! não faça isso, apelámos; pois se assim já era difícil tirar os olhos daquele rabo imaginem se ele tivesse um papel nas costas!?...
ah!! alguém tirou foto aos pastéis?! é claro que não!...
pagámos, saímos e a S. é que lhe tirou um sorriso rasgado, dentes bonitos... só desejei um bom dia e uma mesa mais fácil que a nossa, disse ela. e a nossa foi difícil?! difícil foi resistir a um empregado de mesa daqueles!

à saída, a caminho da Torre de Belém, passámos por um rapaz que compunha a farda de bombeiro.


- Bom dia Sr. bombeiro!!!
- Bom dia, responde.
- Há fogo aí?
- Não. Aí há?!


Uuuuuuuiiiiii!! Já foste! apanhaste boleia do hippo?!  (kkkkkkkkkk)


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