quinta-feira, 26 de agosto de 2010

blá blá blá blá...

adoro conversas. conversas banais, sobre o tempo, sobre o vento, sobre sentimentos. todas as conversas se resumem a isso. dizemos bom dia, boa tarde, boa noite a um estranho, a um desconhecido, a um conhecido, a um amigo, ao vizinho... eu sei lá quanta gente a gente conhece!, eu sei lá quanta gente a gente vê o dia todo e diz "olá!"; depois há o tempo que serve de desculpa para usar saias ou mais casacos ou andar mais depressa ou nem tanto... enfim! o vento... eu gosto daquelas aragens tímidas, indiscretas que me levantam um vestido que tenho branco, cheio de floreados rosáceos, de algodão, que ao mais leve sopro, a mais pequena corrente de ar... oops! e os sentimentos é o típico tema que faz corar bochechas redondas de meninas traquinas. de que mais se fala? ah! os lunáticos perdem-se em discussões futebolísticas, políticas e outras coisas assim que gente como a gente não entende e não faz por entender; e de conversa fiada. enfim! é bom haver cordas que estiquem até ao ínfimo como as cordas vocais que parecem ter pilhas duracell que duram e duram e duram... eu gosto de conversas. de boas conversas. e de muitas conversas! blá blá blá blá....

terça-feira, 24 de agosto de 2010

pessoas quadradas

"sexo é bom! gente... sexo é mesmo bom!" dizia o meu professor, brasileiro, de ciências, no oitavo do ano do meu ensino básico. e era um riso ouvi-lo dizer aquela frase para começo de um tema tão sério quanto a reprodução sexual. era, de facto, uma frase e tanto principalmente entre as imagens dos meses de gestação. enfim! "sexo é bom!...", dizia ele. e digo eu também, na minha pronúnica lusitana é muito bom, é melhor, é um espectáculo!
e tudo quanto relacione o sexo é bom, é saudável; faz parte da descoberta. não que todas as mulheres pensem assim nem todos os homens concordem com isso. há mulheres falsamente púdicas. homens tristemente convencidos de garanhões. há mulheres que se insinuam de grandes "cavalos" na cama e há homens que perdem a máscara de garanhões assim que se deparam com uma experiência nova na cama sugerida pela parceira - jamais por ele.
há quem saiba tudo - e eu desconfio. há quem pense que não sabe nada - e estão enganados. há quem não saiba nada e ainda assim sempre sabe alguma coisa.
há uns tempos disse algures por aqui que prefiro gentge ignorante ao pé de mim que ter gente limitada. a ignorãncia combatesse com a humildade e a adrenalina da descoberta; a limitação já de si é suficiente para perder guerras inteiras. foi por isso que a alemanha perdeu a guerra.
eu gosto de ver um bom strip quer seja feminino ou masculino. pessoalmente, prefiro o strip delas ao deles por que até hoje não vi nada que me surpreendesse. e as mulheres... têm o seu quê nato que não passa despercebido. gosto de ver um strip lésbico. há por ali qualquer coisa nelas, no corpo, no cabelo, no jeito de se mexer que me chama a atenção de uma particular maneira que não consogo focar-me noutra coisa qualquer à minha volta. nunca experimentei uma experiência assim mas gostava. mas nem é isso que interessa.
interessa que... na verdade, acho que nada vale a pena dizer. concluiu, infeliz da minha certeza, que as pessoas fecham-se na sua concha com mil e uma chaves e não abrem uma excepção sequer.
disseram-me no outro dia que um strip lésbico era mau para as crianças. um strip não é mau e se tivesse que ser já seria por ser como é: uma menina a despir-se em cima de um palco a dançar em cima de um homem que não pode tocar-lhe enquanto ela se vai exibindo aos outros espectadores; no fim ele sai como garanhão por descer o palco de pau feito. é triste. se calhar, de se focarmos os olhos nele, vemo-lo a organizar os cujos-ditos ou a ir em direcção aos balneários como se nada fosse. nesse mesmo dia disseram-me também que "... em coisas de homens os grelos não se devem meter"... o problema não são as mulheres se meterem; o problema é as pessoas não alargarem os seus horizontes e tudo lhes parecer horrível e pecaminoso. o strip será como todos os anos. a sugestão não foi aceite. eu sei porquê. como disse acima:

há mulheres falsamente púdicas. homens tristemente convencidos de garanhões. há mulheres que se insinuam de grandes "cavalos" na cama e há homens que perdem a máscara de garanhões assim que se deparam com uma experiência nova na cama sugerida pela parceira - jamais por ele.

há quem saiba tudo - e eu desconfio. há quem pense que não sabe nada - e estão enganados. há quem não saiba nada e ainda assim sempre sabe alguma coisa.


as pessoas são quadradas!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

cheirinho a pão quente pela manhã

passou por mim esta manhã a carrinha da pastelaria ao fundo daquela rua de calçada. "uma entrega", pensei. no meu passo descansado pela manhã desci-a vendo as montras e olhando de tempos a tempos o céu nublado que prometia a irritante chuva-molha-parvos. alcancei a carrinha ao fim de uns metros e eis senão o cheiro inebriante que me fez fechar os olhos e inspirá-lo como que fosse para o guardar dentro de mim...
toda a minha infãncia foi passada num desses casalinhos, tão típicos de portugal. não que fosse tão isolado mas porque assim calhou na geografia - só lá ia quem tinha de ir e saía exactamente pelo mesmo sítio que entrava. todavia tínhamos o homem da fruta à sexta-feira ao meio-dia mais ou menos em ponto, o peixeiro quase dia-sim-dia-não, as alfaces à mão de apanhar, os tomates maduros a cair dos tomateiros, o cantinho das meloas, as àrvores de fruto, as flores nos jardins, dias e dias de sol que parecia que só ali caía o sol embora quando chovesse chovia e quando o vento soprava bania tudo à sua frente.
mas todos os dias, todos os dias, tínhamos o padeiro a tocar a buzina à porta e o ritual era mais que certo: tínhamos sempre um saquinho de plástico com uma carteirinha com trocos e um bocado de papel rasgado com o pedido de um "papessêco" ou um "pão grande" outras vezes pequeno. vinha sempre às seis horas da tarde. ao entardecer aquilo era como o néctar dos deuses. uns anos mais tarde tínhamos também de manhã. era uma padeira. vinha por volta das cinco horas mas aquela era louca. eram sempre grandes travagens, grandes arranques e grandes faltas de troco! mas de vez em quando compensava-nos punha pão e troco. outras nem uma nem outra. era um stress! e só lhe comprávamos vianinhas.
aquele padeiro da tarde não. aquele era um homem como deve de ser. um rapazinho novo, que fazia as delícias minhas e as de uma prima, e o pão era uma delícia...
lembro-me de ouvi-lo tocar na casa da minha avó e esperar um pouco para ir ao encontro dele quando parasse à minha porta. ia meter conversa. o moço era simpático. e o cheirinho a pão... humm... que delícia. era uma fusão de cheiros. a imagem é simplesmente deliciosa. o entardecer - da minha casa ainda se vê no horizonte um rasgo de mar. uma luz amarela dentro da carrinha. o cheiro a pão com chouriço. o cheiro dos bolicaos caseiros, das arrufadas, dos bolinhos secos que não me recordo o nome, do pão quente. era, por isso, decepcionante quando sentia o pão arrefecido nos meus braços... mas valia a pena... o cheiro. as cores. as conversas. a face corada por causa do padeiro que entre nós era (e é!) cá um pão...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

pessoas chatas


chateiam-me as pessoas chatas. aborrecem-me! lembram-se de tudo quanto não devem e já passou e esquecem-se das coisas boas do momentos e dos momentos a qualquer momento, a qualquer segundo. gosto muito de estar sozinha porque assim nem nada nem ninguém me chateia. mas depois aborreço-me porque não gosto de estar sozinha muito tempo. gosto de falar pelos cotovelos. não gosto de pessoas que teimam mais que eu quando eu tenho razão e não tenho paciência para fazer das tripas o coração. as pessoas chatas são chatas. sem motivação. desmotivam-me. e estas coisas aborrecem-me. gosto de pessoas dinâmicas. que me ensinem coisas úteis e inúteis também, às vezes, não faz mal. gosto de energia à minha volta. muito blá blá blá e muita risota.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

vamos ao cinema?!


no outro dia depois de uma ida a Lisboa, andar naquele trânsito horrível, sobreviver à rotunda do marquês imponente junto do seu leão selvagem, regressar ao presente entre os edifícios antiquíssimos, ver montes e montes de gente, decidimos ir ao cinema. paragem obrigatória no próximo shopping. humm... knight and day, soldados da fortuna, a origem, toys story3... bem... humm... aaahhh... humm... aquele? não o outro. não, não vamos a este... ao fim de algum tempo escolhemos a origem - filme espectacular! mas o melhor nem foi o filme; foi a promoção desse dia da lusomundo que oferecia um bilhete na compra do outro. terça-feira destinada a jantar e filme (outra vez - que chatice!).
na terça-feira ainda mais difícil foi escolher mas lá optamos pelo knight and day, sala três3.



e até aqui tudo normal.



mas a confusão e a indecisão prolongaram-se até ao minuto mais impensável e acabou por acontecer o insólito. ao intervalo decidi ir à casa de banho e no regresso... sala três, disse eu?! pois... entrei na sala quatro!!!! achei estranho a porta já estar fechada mas como nunca sei quanto tempo é de intervalo, abri a porta e entrei mas quando olho para o ecrã e dou de caras com um excerto da origem questionei comigo: "agora passam trailers durante os intervalos?! estranho!" olhei para a sala tinha mesma configuração da primeira parte do meu filme e subi as escadas para me sentar bem lá em cima. estava escuro - como é normal de estar -  e não consegui ver se estava ou alguém naquele lugar sentado e subi as escadas até meio - foi só então quando percebi que me tinha enganado na sala do filme. franzi o sobrolho e comentei com os botões (que nem isso tinha naquele dia) "oops! não é esta sala!" e desci as escadas tão depressa quanto possível e sai da sala como se nada fosse. descobri finalmente a porta da sala três e entrei morta com o riso do que me tinha acontecido! à saída do filme e sem ninguém por perto que pudesse ouvir e se atirasse para o chão com o riso da minha desventura contei ao meu namorado ao que ele reagi: primeiro - incrédulo; segundo - à gargalhada; terceiro - foi até ao carro a abanar a cabeça em sinal de impossível o que aconteceu e com um esboço de sorriso na cara, divertido com a situação.

"sou muito distraída, mor?
"um bocadinho. por isso é que gosto de ti; nunca se sabe o que vais fazer a seguir!"
ao menos isso, pensei!

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bom filme para vocês.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

mobilar a casa!

nunca pensei que fosse tão difícil assim escolher uma peça de mobiliário de preferência económica e dentro dos nossos gostos, que pelo menos os meus são exigentes.
salto aqui, salto ali, lá vimos um móvel que não exigia a utilização das brocas nas paredes, tinha espaço e prateleiras (supostamente) suficientes para os meus livros velhos, actuais e futuros, portas para o que apetecer lá meter dentro. cor wengué. preço óptimo, de promoção. o sofá foi amor à primeira vista mas era o de canto. e pelas medidas que tínhamos ou nós ou o sofá. decidimo-nos por nós porque não sobrava espaço suficente entre o mesmo e o móvel de sala. adorei a linha no sofá que estava em exposição e no individual mas no chaise que a vendedora me tinha indicado numa imagem não me enchia propriamente os olhos mas se só havia aquele modelo e como o joão já tinha gostado dos estofos e das costas lá foi então encomendado. algum tempo depois ligaram a dizer que havia um problemazito. o sofá que eu tinha comprado tinha dois puffes pretos, quadrados, muito engraçados. ora aí estava o quê da questão. o preço do sofá era sem eles ao que o casalinho respondeu que ou era assim como tinha sido decidido ou não valia a pena mandarem o sofá, sequer.
um mês depois ligaram da central a dizer que na semana seguinte seriam entregues. na semana seguinte pediram muitas desculpas mas só seria entregue na outra semana. desatinei com eles ao telefone pois compromissos são compromissos e se era naquela semana não era na outra. nada feito. foi na semana que eles quiseram mas ao menos vieram mais cedo da hora marcada.
ora não há duas sem três nem três sem outra vez as portas de vidro do móvel da sala tinham sido encostadas às do camião cuja mola cedeu e pregou com elas no chão fazendo muito mais que duas portas curvas. e depois, aquando da montagem, uma das gavetas estava riscada, uma das portas também e... sem ter visto mais nada toca a reclamar em como aquilo iria para trás. "sim senhora, sem problema" era só o que me diziam. o sofá é bastante confortável. vinha com os puffes. mas algo nele não batia certo e passo a explicar porquê: o da imagem era, a bem dizer, composto por duas peças já que o chaise era reversível e possuía ainda um braço para não se notar a posição. aquele era uma peça só. sem quaisquer partes reversíveis. ainda perguntei aos distribuidores se era mesmo aquele o sofá ao que me responderam prontamente que "sim senhora!". naquela mesma tarde arregacei as mangas e pus-me ao trablaho: aspirar, limpar o pó, tirar as marcas da cola. nem queria acreditar no que os meus olhos viam... só riscos, só picadas, cantos mal feitos, acabamentos numa miséria... enfim!
à noite falei com o meu partner e expliquei-lhe o que se passara. ele teve a feliz idéia de ir à página online do fabricante ao que descobrimos, feitos parvos a olhar para o ecrã do pc, o sofá que eu tinha encomendado corrospondente à nota de encomenda e aquele que ali estava, naquele momento a fazer de base para o portátil, não ser visto em modelo nenhum publicado na net... embora acredite que seja da mesma linha por causa dos braços que são fora do comum mas cujo modelo não apareceu.
o mais engraçado disto tudo é que a senhora na loja respondeu-me prontamente que nas palavras da chefe não podia ser e que mesmo que assim fosse mais barato não seria. quanto ao móvel ficou o nosso aviso que na troca do próximo a situação se repetisse voltaria para trás e não iria mais nenhum. quanto ao sofá... a conversa muda um pouco. nós gostamos até mais deste que do outro. todavia, queremos saber o preço de custo dele. como temos os móveis e o dinheiro... não nos estamos a ralar muito, sinceramente.
confesso que estou até a ficar farta. vamos lá ver agora quando se dignarão a entregar a nova estante e como ficará resolvido o assunto do sofá.
e são assim as aventuras do começo de uma vida a dois... a loucura. a desafortuna. e o riso em tempos de pausa!!