domingo, 22 de outubro de 2023

eu vivia iludida. numa ilusão que não era benvinda mas eu nem sabia, não a conhecia. eu vivia uma paixão assolapada que se converteu num amor arrebatador que gerou uma família... ou não!

afinal há coisas que sentimos que não se encaixam naquilo que queremos ver (ninguém nos ensina isto).

quando finalmente acordas eis a questão: dormi o tempo todo? alguma coisa foi real? porque... haviam cheiros, senti sabores, tive frio, tive calor e agora há o medo. 

depois também, há uma dormência que toma conta de ti até questionares o sentido de tudo - do caminho percorrido, das experiências vividas, das pessoas conhecidas; e a certeza de que há cada vez menos pertença a este lugar e cresce de dia após dia. 

um dia eu ria genuinamente feliz; agora a gargalhada é a tomada de fôlego para dar a volta à chave. 

não foi nada disto que eu imaginei um dia... mas também nunca ninguém me perguntou e eu também nunca o disse então... hoje... isto não passam de lamúrias vãs.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

voltei

 voltei. 

ando há anos para retomar onde fiquei. 

sempre há um motivo bom para isso assim como também há uma desculpa ainda melhor para ficar como está.

não me identifico com nada do que está agora. nem sei na verdade se me identifico comigo mesma. há horas muito duvidosas. 

o dia mais fácil foi ontem e o desafio do amanhã, confesso, esgota-me! tem horas que eu só queria ser criança outra vez, dar colo à minha criança interior com o colo que eu procuro e nem uma nem outra encontra conforto, seja em que lugar for. na verdade seria tudo tão simples se aprendessemos a confortar-nos às duas; tipo com um abraço ou assim.

um sorriso esconde muitas lágrimas; um brilho no olhar nem sempre é fascínio, às vezes só uma lágrima mal disfarçada. pelo menos a gargalhada é genuína! momentânea, é certo, mas é verdadeira.

a naftalina  transformou-se com o tempo; não é mais sobre histórias esquecidas dentro de mim! não sei se alguma vez foram, também. mas em breve é possível que o nome mude como tudo muda em torno da gente...

gostava de fazer reset porém assombra-me a questão: como seria eu? seria melhor ou pior... mais paciente, mais assertiva ou, por outro lado, inconsciente dos meus atos loucos? talvez começar por ter termos comparativos fosse útil!


veremos. até amanhã. vou dormir, espero descansar!