quinta-feira, 29 de setembro de 2016

a luz que vejo é... do colete reflector!

estou a pensar organizar uma caminhada a Fátima! 
EU VOU!!

pronto, foi isto!
há uns meses atrás foram estas as palavras trocadas cá por casa entre café e biscoitos!
convidei uma amiga. convidei duas amigas. convidei a minha mãe.

e têm sido semanas intensas!...
roupa. o que levar?!
comida. o que comer?!

plano inicial:
1 - não trabalhar naquela tarde para descansar e aguentar a noite toda (eu já sou boa de dormir em qualquer canto, se não me previno o mais certo é adormecer andando!).
2 - almoçar com a minha rica mãesinha.
3 - marcar uma massagem de drenagem linfática com a X.
4 - encomendar frango assado para todos cá em casa!
oh!
o grande problema é que eu não consigo ser organizada o suficiente para evitar arrumações de última hora! tão verdade assim é que aqui estou eu, a ver a novela ao passo que escrevo em vez de ir pôr a jeito a roupa, os ténis, as luzes, o colete reflector, o gorro e a gola, as meias com e sem compressão; ainda nem fui às compras! que faço de sandes?! que levo para comer e beber? 
compreendam: 
de repente, já nem tenho o carro por que alguém tem uma despedida de solteiro e a bela da massagem ficou com os horários trocados! para quê fazer a mala tão cedo?!
amanhã logo faço, assim até tenho a certeza de que não me esquecerei de nada!
é muita pressão! muita pressão!

mochila às costas que p'ra frente é que é Lisboa - parte IV

sinfonia de ti-ti-tis e trinnnnnssss e afins às nove e
meia da manhã!
à saída, a foto no hall de entrada do prédio só para não dizer que saímos sem foto alguma do apartamento.
saímos rua abaixo até ao Intendente para apanhar o metro e sair, novamente, no Camões; tomámos o pequeno-almoço numa pastelaria uns metros acima e, na volta, enfiámo-nos no elétrico28. rua acima, rua abaixo; uma cambada de alemães ocupou os lugares todos que nele havia e tivemos de ir em pé. oh! mas valeu tão a pena! também nunca tinha andado no elétrico. gostei muito. gostei mais que andar no metro. não sei... talvez por causa das cores, dos cheiros, os sons, é tudo tão diferente quanto a noite e o dia!

ah! e os Fados?!

nunca mais nos lembrámos que a ideia era ouvir os fados de tasca em tasca e não nos perdermos nas tabernas do Bairro Alto.
desatámos em gargalhadas! lá teremos de cá voltar novamente!
ainda nos perdemos pela calçada portuguesa mais um bom par de horas. depois do almoço, junto ao elevador de Sta Justa, deliciámos com os gelados Santini (o da rádio comercial apanhou-me! tem a base em iogurte grego e pedaços de citrinos e frutos vermelhos - de-li-ci-o-so!). deitámos um olho aos artistas de rua que são tantos e aos souvenirs que os salamaleques e os alfacinhas exibem com orgulho.
voltámos para casa, de 'caminete carrera' outra vez. eu, nem quinze minutos me aguentei, apaguei logo. felizmente, ninguém se pode rir de ninguém, todos dormitámos!

acabámos na casa do RC a comer, entre outras coisas, arroz doce acabado de fazer e bolo de tâmaras ainda a fumegar! um mimo! 

que estoiro! mas inesquecível!
no fim, é isto que temos que aproveitar: tempo útil entre amigos e patuscadas! e gins, e imperiais, e mojitos, e tapas, e sobremesas, e... quantos são?

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

mochila às costas que p'ra frente é que é Lisboa - parte III

entrámos no metro! uau! é tal e qual como nos filmes! o barulho. o cheiro, bem o cheiro não o sentimos através de um filme mas foi tal e qual como imaginei. as cores. a luz. e pouco confortável. talvez porque, se calhar, fiquei de pé. as pessoas são muitas e algumas estranhas.
nunca tinha andado no metro.
saímos no Largo de Camões e lá estava ele, altivo. duas esquinas, três subidas e logo ali à esquerda, em pleno Bairro Alto, tínhamos um amigo novo à nossa espera, o P., no bar Clube da Esquina. gin para todos! e, pela primeira vez, apreciei um gin. degustei. tomei-lhe a cor, o sabor, o alcóol. hendricks. com pepino. é um bocado forte! não me conquistou, ainda.
a R. diz que só a partir dos trinta se começa a apreciar...

conversas, selfies e risadas depois, descemos a rua até ao Antónia
ah, que encanto! é um espaço muito pequeno mas com um acolhimento que só indo lá se percebe. foi muito chique entrar de copo com gin na mão, sentí-me perto de ser uma V.I.P. (very important people).
os couverts eram qualquer coisa! o vinho tinto muito perto de um néctar dos deuses. veio um prato de peixe, outro de carne e o momento que melhor merece destaque: the dessert! OMG!!! divinal! delicioso! pediu-se mousse de chocolate que era ma-ra-vi-lho-sa! mas... o cheesecake de lima em base de bolacha oreo... sim! it was so f***** good! a bolacha desfaz-se na boca, o sabor da lima expande-se no palato e entranha-se nas papilas gustativas; os olhos fecham-se mas o sabor funde-se, não se demora. nem o Esteva o superou.
bebemos. pagámos. saímos. D. Antónia, havemos de voltar!
subimos a calçada, novamente, para o esquina. Mojito! foi o meu primeiro mojito. e, pessoalmente, 1 - mojito/0 - gin!
a música estava óptima mas não nos demorámos.

o contraste da cidade lisboeta entre o dia e a noite é brutal! há toda uma vida, uma cor, um cheiro que em nada se consegue comparar para identificar. seguiu-se outro mojito em tamanho XL e claro, deu asneira! hihihihi
muito se andou, deus-do-céu! e a noite não ia tão comprida assim! 
e, como não há duas sem três, voltámos ao mesmo sítio onde a noite prometeu mas eu fiquei a admirar o ambiente, já tinha bebido que chegasse!
voltámos para casa de táxi! txxiiiiii há tanto tempo que eu não andava de táxi!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

mochila às costas que p'ra frente é Lisboa - parte II

cá está! rua de macau, número cinco.
deixámos as malas, gravámos a password do wifi, ficámos com a chave e descemos as escadas à descoberta!
à saída do prédio, o conjunto das caixas de correio roubou o meu olhar!
descemos a rua directos à avenida Almirante Reis, que à luz do dia não mostra que no melhor pano cai a nódoa ao passo que atravessar o Intendente é uma experiência... peculiar! debaixo do nariz da mais notável arquitectura, que já não se faz nos dias de hoje, as caras mais feias não são as dos gárgulas da arquitectura doutras eras são as da pobreza, da miséria, da fome, da droga, suponho.
Martim Moniz é uma agitação só! e no Rossio molhámos os beiços na bela da ginginha que move tugas e bifes e avecs e outros tais!
almoçámos na bica! um miradouro excepcional! a vista não é de se perder mas a vista perde-se até aos braços do Cristo-Rei. no Noobai, a sangria de espumante e frutos vermelhos matou-nos a sede e as tapas a fome se bem que é difícil ficarmos saciados ali por causa da passagem de outras iguarias que passavam à nossa frente, crescia-nos água na boca!
descemos calçada abaixo! aqui e ali há travessas  e ruelas com nomes muito portugueses. as varandas são todas estreitas; são todas de arcos finos, a maioria verdes; há flores de vasos à janela; molas de plástico suspensas nas cordas de arame. os prédios são maioritariamente estreitos e altos, amarelos, e verdes, alguns azuis já desbotados do tempo, ou forrados a azulejos em padrões diversos. a cada dois metros há uma tasca mais ou menos gourmet com mais ou menos passagem do tempo. porém, a cada esquina se ouve, se sente, se vê o orgulho de ser português, é tudo muito tipicamente nosso.
umas imperiais depois algures em Alfama subimos calçada acima entre monhés e chineses e lojinhas de souvenirs lisboetas.
este não era o apartamento inicial escolhido mas apesar do contratempo mostrou-se à altura.
tem uma grande portada verde-escuro, as campainhas são tão antigas! ao entrar o hall de entrada tem uns azulejos tão bem preservados que vintage quase me apaixona de vez. as caixas dos correios, são onze e todas brancas. o corrimão que nos acompanha destaca-se no seu cinzento-claro que, por causa dos ornamentos do mesmo, perde a sobriedade. as escadas são de madeira e até as portas de cada apartamento são altíssimas, algumas estreitas - nunca percebi estas portas que as há em tanto lado, assim, altas e estreitas! o apartamento está deliciosamente simples e muito retro; as cores que se destacam são dos quadros de parede com aqueles pormenores que passam despercebidos à maioria dos traseuntes: uma porta, uma janela, um puxador... e das almofadas coloridas nas camas brancas, dos quartos brancos com toalhas brancas. só mesmo as casas de banho exibem charme, uma combina azulejos brancos e verdes; a outra brancos e laranjas! ah! e o pormenor de luzes amarelas em torno dos espelhos é o must have!
vá, vamos a despachar! os gins estão à nossa espera!

mochila às costas que p'ra frente é Lisboa - parte I

a ideia:
mochila às costas por Lisboa, vamos ouvir o Fado, pelos bairros alfacinhas.

hummm...
roupa: só o básico;
viagem: valor dos bilhetes dos autocarros;
alojamento: booking, google, (mais tarde descobrimos o airbnb); depois de semanas a escolher, não na verdade, foram setenta e duas horas, lá reservámos o apartamento.
entre o chat da rede social, ainda a mais badalada, e a novidade, que ainda é, do whatsapp lá se foram ajeitando todos os preparativos!

para não variar, só de véspera, organizei a tralha para levar. só o básico, só o básico... a R. dá cabo de mim se levo meio mundo atrás!

e acordei com a leve sensação de ter dormido demais...
mas não! desta vez estava, realmente, tudo controlado: eram sete da manhã!
confesso que tive de aldrabar ao J. as horas a que partia o autocarro da rodoviária mas assim tive a certeza que não o perdíamos evitando ganhar a bela da piada: "uma coisa tão grande como é que se perde?!"
09h31m arranque da caminete até à capital! 
o som da viagem foi anulado, totalmente, pela nossa algazarra das gargalhadas e conversas cruzadas.
chegámos; não deviam ser ainda onze horas. e lá estava ele, o sr. Luís, que nos vinha buscar. parece que é uma regra de boas-vindas aos guests!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

duzentos escudos em gomas

fui visitar o meu pai; aproveitei, jantei com ele. e depois da uva:
vê lá se aí, na gaveta do pão, não está uma guloseima? 
não pai, já tinha procurado e nada!
- então vê lá, ali. 

fui à despensa e... uuuuiiii! que mara... oh! a embalagem está vazia! - vi uma imagem amarela como ouro onde na frene tinha aqueles dois bonequinhos amorosos e divertidos, os... M&M! - bem, posso sempre roubar aqui uns bolinhos à mãe!... pensei. 

- oh pai, não vejo nada! 
- não é aí! é na sala!!

na sala? que raio...

e eis, a visão perfeita!: na mesinha da sala, um frasco todo giro com um conteúdo ainda mais giro: gomas e rebuçados de fruta!!! 
huummm.... que saudades! isto é bom mas bom!
lembrei-me de uma vez, há muito tempo atrás, p'raí uns dezassete anos, por causa de uma visita de estudo os meus pais deram-me uma moeda de duzentos escudos para eu comprar o que quisesse. fui e vim e não comprei nada.
quando cheguei à Lourinhã a S. falou-me em gomas e eu fui no balanço e perdi a cabeça! estoirei os duzentos escudos em gomas! epah! nunca tinha tido tantas gomas de uma vez!! lembro-me que até tive dúvidas em escolhê-las!
ai que ricos tempos. agora comemos uma bolacha maria e perdemos vinte minutos a correr na passadeira, comemos um "chiclate" e é a maratona a conquistar! oh vida ingrata!