segunda-feira, 18 de julho de 2016
60ª Caminhada Trilhos do Mar: Constância - Castelo Almourol - DIA 2
domingo, 17 de julho de 2016
60ª Caminhada Trilhos do Mar: Constância - Castelo Almourol - DIA 1
quinta-feira, 14 de julho de 2016
8° moto papper amp - "aos papéis com o concelho!"
SÃO PEDRO JÁ NÃO PRECISAMOS DE TI! - parte I
- ovos verdes
- salada de atum
- salada mista
- salada de fruta
- rolinhos de salmão fumado e sementes de sésamo
- sangria tinta
- água.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
CABO DA ROCA, a ponta mais ocidental da Europa Continental
fomos passear. eu e o meu-mais-que-tudo.
destino: Cabo da Roca.
hora de partida: assim que a preguiça permita.
seguimos pela estrada nacional atravessando a pacata terra de Ribamar da Lourinhã, até à praia de Santa Rita; Santa Cruz estava como Peniche: um nevoeiro descomunal. a Ericeira ainda nós presenteou um pouco de sol mas nada por aí além.
como já saímos de casa tarde e a más horas já passava um bocado da uma da tarde quando fomos almoçar. o J. conhece um restaurante muito pacato, muito castiço. O RETIRO DO SALOIO. é um espaço pequeno com cores quentes a gritar a tardes quentes de verão, aquela cor amarelo torrado; à entrada somos recebidos pela simpatia do smile do livro dos elogios de um lado e do outro um quadro em ardósia ocupa a parede toda com a ementa escrita à mão. a sala é dividida por uma estrutura de sulipas que suporta uns espanta-espíritos com pássaros e, junto desta, uma armação que já foi ou deu-me a entender já ter sido a cabeceira de ferro ornamentada de uma cama. na parede acima do balcão está um xaile branco, pendurado num cabide com os dias da semana em francês oh oui c'est chic! na parede à minha frente há rodas de carroças e umas naturezas mortas expostas; atrás de mim, todo um conjunto de galináceos em ferro e no tecto, os candeeiros são de ferro com motivos naturais que contrastam com as luminárias de vidro colorido dando um ar muito chill out. fomos muito bem recebidos. o almoço foi jardineira de vitela. a sobremesa panacotta de frutos vermelhos.
empatorrados mas chegámos, finalmente.
estava uma ventania e tanto, algum sol e o nevoeiro! ah! e turistas, montes deles!! nenhum português! até foi estranho... olhei ambiciosa para o farol mas hoje é quinta-feira se fosse quarta... e não vi ninguém a quem pudesse fazer o choradinho para visitá-lo por dentro... apesar de tudo nunca será uma viagem em vão. o que o nevoeiro permitiu ver compensa e além disse descobri que se trata de um PEACE BLOSSOM, ou seja, é um lugar que quer pela sua localização geográfica quer pelo seu significado abstrato é escolhido com o intuito de apelar à Paz entre os homens. o fundador desta iniciativa foi Sei Chinmoy que dedicou toda a sua vida à Paz pelo mundo alegando
"A PAZ NÃO SIGNIFICA AUSÊNCIA DE GUERRA.
A PAZ SIGNIFICA A PRESENÇA DE HARMONIA, AMOR, SATISFAÇÃO E UNIÃO."
desafiei o J. a virar à direita num entroncamento que nós direccionada para o convento dos capuchos e o santuário da peninha. descemos a serra de Sintra numa estrada de alcatrão um tanto estreita mas... as histórias que ela conta são de há muitos anos atrás. estacionárias numa clareira e andamos uns quinhentos metros, sempre a subir, para sermos compensados com uma vista maravilhosa. parecia que tinha ali à mão a citadina Cascais com o mar beijoqueiro. quatro ou cinco navios cargueiros estavam de partida ou de chegada. e o nevoeiro não deixava ver mais nada. o santuário está um pouco abandonado embora sejam visíveis os avisos de vigilância e os marcos de reserva micro ecológica. só uma janela embaciada e poeirenta me satisfez a curiosidade do interior - as três salas que vi são despojadas de mobiliário, o piso é tijoleira, as paredes tem um metro de altura de azulejo português azul e amarelo, algum já começou a ceder mas não há destroços no chão e, estão a um canto, três cadeiras, brancas, de plástico, arrumadas. mais abaixo, resiste às intempéries do tempo uma construção que me pareceu ser a casa dos animais. e qual não é o meu espanto, quando lá dentro, a arquitectura denuncia uma igreja (há uma cruz numa das abóbadas) que foi violada e abandonada, que veio a servir de palheiro, e já foi adorada... há uma lenda por trás, obviamente.
voltámos para o carro, divertidos e cansados; a viagem prometia ser mais maçadora mas nada que um café e música não ajudasse a provocar umas gargalhadas parvas.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
125cc a 20km/h
o dia amanheceu e o sol veio cheio de força. às dez da manhã já o carro marcava 20°. infelizmente, como manda o ditado velhinho, "foi sol de pouca dura". ainda o almoço não tinha acabado já se tinha instalado um nevoeiro cerrado que conquistava cada vez mais terra. foram ao ar os planos para a praia, pensei mas não me deixei ficar em casa. agarrámos na acelera, uma 125cc e partimos numa voltinha dos tristes.
para quem não sabe, a voltinha dos tristes, refere-se a um determinado percurso, uma voltinha; só para não ficarmos em casa.
casaco vestido, capacete posto, óculos de sol colocados, gasolina na mota, siga!!
fomos à praia do molhe leste. fomos à praia dos super tubos. seguimos caminho à Consolação receber um bocadinho de iodo já que não não havia bimbas ao léu para regalar as vistas e dali fomos comer um gelado a São Bernardino. impressionante... sol em todo o lado menos em terras penichenses!!! caramba, que raio de sorte! as férias a acabarem e nada de bronze neste corpinho danone!
entretanto... já tinha cansado os fígados ao J. para conduzir a mota. há três anos que a temos e só ando a pendura... tanto queixume, depois havia de dar frutos!!
numa zona habitacional e deserta, àquela hora da tarde, ele lá cedeu.
sai! e eu saí. ele chegou-se para trás e eu sentei-me à frente, excitadíssima!
segundo ponto: haja sensibilidade na mão (um bocadinho de ganância a mais e parece que estamos prontos a entrar no próximo MotoGP)!
terceiro ponto: alguém dê um xanax ao J.! quanto mais ele ordenava para desacelerar mais eu acelerava e ria-me que nem uma perdida!!
no entanto, cedeu em irmos até à rotunda e eis que, no entroncamento à nossa esquerda, surge um carro.
Oh, fogo! a gnr!
a mim, os nervos, dão-me para rir, descontroladamente, de forma que, continuei, e a rir que nem uma louca!! quando olho, por que, apesar do riso, nunca fechei os olhos nem os desviei da estrada, vejo o carro da gnr ao meu lado. garanto duas coisas! fiz um esforço do tamanho do mundo para me controlar e se não fosse o-meu-mais-que-tudo tinha continuado a proeza da condução, certamente, com os três indivíduos de bigodaça e de farda a mandar encostar sem ceder, mesmo que os tivesse contagiado com o riso. (quer dizer, um deles devia ser mais novo que nem bigode tinha!)
o senhor guarda dirigiu-se a mim e pediu-me os meus documentos e os da viatura. foram-lhes entregue e eis que, da mala do carro, saca de um livro, quase um bíblia, a verificar, a verificar...
evitei, o mais possível, o contacto visual tal era o meu descontrolo humorístico.
o outro gnr já era homem dos seus cinquenta anos e fumava o seu cigarrinho enquanto admirava a paisagem; o mais novo, também divertido, não abriu boca para dizer nada e eis a pergunta que eu já sabia que ia ser feita e que nós os dois íamos responder de forma contraditória:
então, a menina está a aprender a conduzir?
resposta do J: ... mais ou menos!...
a minha resposta: não, não!!... eu já não pegava era na mota há algum tempo!!
e quase fui traída por uma gargalhada!
foram devolvidos os documentos, desejado boa tarde, e cada veículo seguiu o seu caminho.
chorei a rir da situação caricata; é que só faltou mandarem-me soprar ao balão - coisa que eu não ia conseguir fazer, percebem porquê! ao mesmo tempo o J. dizia " 'tás a ver?! 'tás a ver no que é que me metes??"
o que é que ele procurava no livro?? pensou que eu não tinha idade?? mas já não se pode ter 1,48m de altura?