domingo, 30 de dezembro de 2018

feliz ano novo

faltam vinte e quatro horas para começar outro dia como todos os dias, em todo o lado do mundo acontece.
porém, esta noite é aquela especial em que fazemos votos novos e criamos causas novas, avaliamos o trabalho feito até aqui e aguardamos o resultado, seja positivo, seja negativo.
como todos os dias há uma página em branco à espera de ser escrita, uma segunda oportunidade para tentar, para corrigir, para conseguir.
não percebo por que raio não temos esta consciência diariamente... talvez se sinta nesta noite tão especial uma benção, uma protecção, um avalo à vida!
feliz ano novo!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

"cão"

mais uma experiência de baby signs!
dia de natal com a família reunida... confesso que não tinha abordado o assunto por diversas razões de maneira que o tempo foi passando, os gestos foram sendo incentivados e, FINALLY!!!!, começa a dar frutos. questionava o meu patareco se queria comer mais seguido do gesto ao que ele me respondeu, em gesto, que tinha terminado. e eis que surge a pergunta: 
" - 'tás a ensinar linguagem gestual ao teu filho?" e respondi que sim, linguagem gestual para bebés ouvintes!
e naquele abençoado momento o meu bebecas começa de fazer o gesto de "cão" - nada a ver com a conversa mas algum cão ele tinha visto, eu só tinha de o descobrir. olhei em frente e na tv estava a passar o último anúncio da Range Rover que eu pensava até serem lobos mas, depois de ver bem o anúncio, são cães.
é por isto que me deslumbra o baby signs: descobrir o que chama a atenção do meu filho aos catorze meses de idade!
ficaram estupefatos com a situação por que reagi em euforia máxima... talvez precisem de tempo para assimilar, espero que tenha despertado, pelo menos, curiosidade...

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

feliz natal

and so this is xtmas!
que é como quem diz "chegou o natal"! 

eu sou uma fã incondicional desta época do ano não por causa do consumismo a que somos indiciados a participar mas acima de tudo pelo simbolismo inerente à celebração cada vez mais abafado, sinto.
cá em casa os preparativos são sempre motivo de pôr um sorriso na cara e arregaçar as mangas mesmo a levar com o cheiro a bafio da árvore de natal, o dos fritos das filhoses, é só naquela noite e vá lá, vá lá!... e os arranhões dos ramos manhosos da árvore de Natal que têm sempre que se dar uma ajeitadela.
estas semanas do advento trazem sempre alguma melancolia seja pela falta dos que já não estão comigo, seja pelos que ainda estão vivos mas ausentes até de si mesmos, é triste... e não há fitas brilhantes nem bolas elaboradas que alterem essa situação. depois, por outro lado, há forma de fazer alguém mais feliz.
foto representante Município de Peniche
Pai Natal Motard! é uma iniciativa em que participo desde que comecei a namorar o J. todos os anos (ou quase) são comprados um fato de pai natal que sem jeitinho nenhum se rasgam logo ali na hora, só de barretes tenho uma colecção! fazemos uma festa com esta acção  e sente-se entre todos nós uma cumplicidade de alegria e união por um bem maior, fazer sorrir uma criança!
é grande a responsabilidade e não estou p'raqui com altruísmos por que não é agora que nos tornamos melhores pessoas por isso! mas há crianças ali, naquela fila, à espera, talvez, da única prenda que receberão no natal... podemos gritar "amor", "alegria", "paz" aos quatro cantos do mundo que é muito bonito, sim senhor, mas não é isso que aquece o coração de uma criança nem lhe põe um sorriso no rosto nem ilumina o seu olhar, um presente é um gesto de amor! pena que nos esquecemos disso o ano todo...
todavia, a consciência dessa realidade leva sócios e participantes a chegar até elas e em seguida o que nos sentimos é gratificação. receber é óptimo mas dar... é maravilhoso! enche-nos a alma assim como também aquece o nosso coração, nascem sorrisos e iluminam-se os nossos olhares também. isto é amor. amor pelo próximo. aquele que não conhecemos nem o rosto nem o resto. e ainda assim ali estamos em prol de um bem maior.
espero ter a capacidade de incutir no meu filho o melhor que há no mundo, os valores morais e que deveriam ser a base da nossa sociedade: amor, compaixão, solidariedade, tolerância. há muitos mais, há, e trabalham-se trezentos e sessenta e cinco dias.
sejam felizes e façam por fazer os outros felizes também.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

à porta, 2019

perdi-me de mim a meio caminho do meu percurso.
sabutei-me.
de cada vez que cheguei a uma encruzilhada o rumo que tomei não foi escolhido por mim. deixei-me levar como se fosse uma folha ao vento quando o que eu queria era ser semente. depois, como se fosse estéril, não me deixei agarrar pela terra molhada e segui levada sem rumo.
sabutei a única pessoa que devia ter salvaguardado: eu mesma. dois mil e dezoito tem sido um ano violentíssimo para mim e nem é bissexto!
vi nascer uma pessoa diferente de mim.
vi nascer alguém de mim.
vi nascer uma mãe em mim.
de repente sinto que envelheci... e nada sei!, perdi o trabalho e descobri o reconhecimento; arranjei outro. conheci novas pessoas que não sei ainda o que elas deixaram em mim, não sei o que deixei nelas também. assumi o que não quero.
aceitei que há coisas que não sei. resolvi tomar um rumo. as consequências vêm do que se sente e eu só quero sentir amor. só quero sentir o calor da minha gargalhada. ouvir o eco da minha voz. receber de volta o meu abraço. retribuir o reflexo que o espelho me oferece. gostar de quem merece.
aguardo que a sabedoria traga com o tempo paciência.
anseio que o medo me abandone de uma vez.
choro as lágrimas que me agoniam ao fundo da garganta contra a almofada, na hora do banho.
os braços estão de mangas arregaçadas, estão de pêlos eriçados, são jovens e são fortes.
a alma quer uma benção de água benta.
os pulmões uma lufada de ar fresco como só aquela sobre as manhãs se sente.
o coração não precisa de companhia mas aprecia.
a mente é uma criança. e está na hora de crescer.
três décadas têm por base o oposto do meu outro lado da moeda... um pouco de lamechice aqui, outro pouco de tolerância acolá... creio eu, que faria de mim uma pessoa melhor... dois mil e dezanove está à porta, ora vamos lá ver se me porto à altura!