domingo, 8 de maio de 2016

101 contra 5-0!

o sporting joga hoje à noite...
o jantar foi muito diet: coxinhas de frango acompanhadas de legumes salteados em óleo de coco. o J. estranhou a ideia mas cedeu e repetiu. ele foi ver o jogo, eu arrumei a cozinha, fui tomar banho, escolhi a roupa, maquilhei-me, saí. 
bem! 4-0 sporting a ganhar!... ui está em altas hoje! terminou em 5-0 contra o vitória de setúbal.
onde vamos, onde não vamos... aqui a noite é sempre a mesma coisa e os gostos estão mais refinados ou, se calhar, direccionados! fomos até à Lourinhã. há, para mais de um ano, que abriu um bar novo, com um conceito diferente - Espaço 101! e lá fomos ver então.
lembro-me que, duas portas acima, em miúda fazia ali análises e duas portas mais abaixo, numa porta de alumínio cinzento ainda tem, no vidro martelado, um bocado do papel de notificação da gnr do encerramento daquelas instalações porque um certo coração de 3ª idade provou ser incompatível com um pequeno comprimido azul (ficou-se em cima da menina da vida - pelo menos ficou na mó de cima!) é o que se conta.
a chuva cedeu ao frio e, apesar das estrelas se irem desviando das nuvens mais negras, a noite apetecia algo quente ou que adoçasse a boca, pelo menos. fomos aconselhados a escolher outra mesa porque naquela sentia-se mais o frio. pedimos uma sugestão do que se poderia beber e aceitámo-la. 
do nosso lado direito o dj de vinis animava o ambiente com a diversão dos vídeos de Charlot, de Charlie Chaplin, do nosso lado esquerdo a parede em ardósia expunha os menus da casa. atrás de nós a vidraça mostrava a pacata rua de calçada, luzidia da chuva que já tinha caído sob a luz amarelecida do poste de electricidade; à nossa frente a escada em madeira clara dava acesso ao primeiro andar de um lado, e do outro, o bar, pequeno mas concentrado, com toda uma variedade de garrafas apelativas ao nosso paladar; no meio a cozinha, branca, iluminada a fluorescente, parecia-me, podiam ser LEDs...
a decoração é sóbria e de extremo bom gosto cujos tons balançam do branco ao preto em perfeita harmonia.
chegaram os cocktails. esqueci-me do nome do meu, sem álcool, começou num toque citrino da laranja acabou num sabor a coco apimentado pela hortelã fresca e viçosa; o do J. era o 101, com álcool, veio perfumado a canela e sob o gelo picado escondia-se um delicioso creme de morango, divinal!   
o dono do bar juntou-se a nós e deixou-nos tão à-vontade que fiquei indecisa no tratamento: tu ou você/senhor!, o que não é nem hábito nem questão para mim. muito simpático, muito acessível. com um sorriso acolhedor e uma presença agradável. 
e de repente, uma da manhã! pagámos, saímos e fomos namorar, que é disso que se precisa na vida!

1 comentário:

  1. Muito nos orgulham tão lisonjeiras palavras...muito nos honra a vossa companhia!!! Bem-hajam!

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