terça-feira, 16 de agosto de 2016

fim de semana prolongado - PARTE I

este fim de semana prolongado prometia descanso com direito a bronze.
já passava uma hora da hora marcada mas só estávamos dez minutos atrasados e, por conseguinte, saímos de casa de uns amigos mais uma meia hora depois para parar dez minutos depois para beber café que pela demora os grãos foram colhidos e moídos na hora.
rezei para que não faltasse nada ao mesmo tempo que temia que fosse necessário levar alguma coisa indispensável até as manas chegarem é que eu fiquei resumida a um espaço mínimo no banco de trás acompanhada da geleira, do fogareiro, do frigorífico e da mala com as roupas, dos sacos com alguma mercearia e ainda tínhamos de ir às compras!
seguimos rumo a São Pedro de Moel para um acampamento e tanto!
parámos no supermercado na Marinha Grande:
  • pimentos
  • queijo e fiambre
  • mostarda
  • carne (entremeadas, febras, espetadas, pianos)
  • bacalhau
  • vinho tinto
  • enchidos
  • (...)

quando, finalmente, arrumávamos as compras no carro, fosse de que forma fosse, dei pela falta do bacalhau que não estava em lado nenhum e eu tinha-o colocado dentro do carrinho. querem ver que eu fui pôr o bacalhau no carrinho errado?! e caímos os três numa gargalhada em pleno parque de estacionamento. 

três voltas ao parque lá desencantámos uma área generosa à nossa bagunça. e começou a aventura: duas voltas ao terreno e a tenda foi aberta com a porta para o lado errado; desenterra estacas, vira tenda, enterra estacas. puxa daqui, puxa dali, a P. quando vier orienta isto que ela é que percebe do assunto (palavras do Q.), a falta que faz uma mulher na vida de um homem!
finalmente sentámos e almoçámos o belo do piano; os rapazes decidiram passar o resto da tarde no café - ia começar a nova época do futebol, sporting e benfica na mesma tarde - aqui a menina também fez a sua escolha. piscina, óbvio!

não era a tarde mais quente deste verão no entanto, a água estava uma delícia!
entretanto terminei o meu serão de piscina, tomei banho, pintei as unhas, vesti-me e nada delas chegarem e os rapazes entretidos com o futebol. a noite estava fria. elas chegaram! até que enfim! às vezes é tão difícil ser a única mulher no meio de dois homens...
tralhas arrumadas, jantar na mesa, toca de pôr a conversa em dia pela noite fora! os rapazes cederam ao cansaço ainda nem devia ser uma da manhã e eu, a D. e a P. perdemo-nos nas horas entre shius violentos e prolongados nos intervalos das quatro vezes que o guarda nocturno nos chamou a atenção do barulho por causa das nossas gargalhadas inevitáveis não só pela conversa mas sobretudo devido ao licor de tangerina, caseiro, que o meu pai se aventurou a fazer. claro que deu em disparates depois. 
a D, irmã da P. foi-se deitar e não demorou que resolvêssemos ir dar uma volta pelo parque de campismo; interessante, no mínimo, apesar do nevoeiro e da madrugada fria, que estava, fomos comendo gomas de mirtilo  e levantando um pára-brisas aqui, outro ali; uma espreguiçadeira colocada na esquina oposta do bungalow; um estendal fora de sítio; chapéus de sol abertos; umas molas de roupa na corda mesmo ao lado das peças estendidas... enfim! pequenos males sem maldade. aterrámos à porta da tenda, deitadas na típica manta de campismo, aquela grossa, cheia de traços amarelos, vermelhos, azuis, pretos... e divagámos na maior dúvida existencial daquela noite: porque é que chove em todo o lado menos em cima de nós? porque somos anjos e as nossas asas protegem-nos do orvalho da noite. 
cai-me um pingo no meio da testa.
olha... as minhas asas foram no caraças! gargalhada a monte! e só tivemos tempo de puxar a manta para dentro da tenda e adormecer até ao outro dia de manhã.

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