quinta-feira, 22 de julho de 2010

lenga-lengas a conta-relógio

amo-te. e o tempo, meu amor, o tempo é tão curto...! não é nada daquilo que promete. não há eternidade alguma no tempo!! o tempo, meu amor, ah se o tempo soubesse, meu amor! a vida é tão curta e o tempo não alcança a vida. a vida dura mais que o tempo, meu amor. o tempo... "o tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem e o tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem"... lembras-te disto meu amor? lembras-te desta lenga-lenga perdida nos rodapés do livro de português do quinto ano? meu amor... o tempo é pretensioso. e pretende nada. não é ambicioso. mas eu tenho segredos que o tempo não sabe, que o tempo não conhece. ah meu amor... se tu soubesses o que eu sei como na cantiga do "se tu visses o que eu vi/Do-mi-nó/À porta do tribunal/Do-mi-nó/As cuecas do juiz/Do-mi-nó/Embrulhadas num jornal/Do-mi-nó/Esta rua cheira a sangue/Do-mi-nó/Foi alguém que se matou/Do-mi-nó/Foi a mãe do meu amor/Do-mi-nó/Da janela se atirou/Do... Mi... Nó."
não só saberias quem matou quem e quem embrulhou as cuecas do juíz no jornal como o tempo que o tempo tem...

*o relógio distorcido, dali

2 comentários:

  1. É com muito gosto que tropecei no teu blog... diga-mos que é um acidente de sorte;)
    beijos

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