terça-feira, 20 de julho de 2010

carta aberta aos meus amigos das horas difíceis


ando aqui às voltas. hoje não sei o que hei-de escrever para satisfazer esta minha vontade de escrita. escrevo meia dúzia de palavras e depois apago. reescrevo uma vez e outra. torno a apagar. é irritante. há dias que não escrevo uma letra sequer, uma palavra, uma frase. sem contar com "1leitão (uma dose de leitão) /1cola (uma coca-cola)/1b. pressão (vinho branco pressão)..." nada disto conta em termos literários.
e hoje, a estas horas, depois de um dia de cão, da moira de trabalho que fui hoje, aqui estou eu, sentada à chinês como faço desde miuda, em frente à televisão a ver as telenovelas da actualidade e a olhar para o monitor do pc, escrevo duas palavras, uma frase e apago.
lembrei-me agora do meu amigo que é amigo dos suricates e do seu belo texto sobre o romance eterno entre Enlil e Sud e de como aquele amor se tornou numa benção para os poetas de amor de escárnio e maldizer, escritores de prosa, novelas e teatros, e aspirantes, e amantes de letras e palavras aquando do começo de uma nova era e de como anseio pela benção dessa deusa...

*Detalhe do Rapto de Proserpina pelo Deus Plutão, escultura em mármore, autor Bernini

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