sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"ah!!! uma estrela cadente!!!!"

está a fazer um ano. não! dois anos. sim dois anos. já se passaram dois anos?! fogo! o tempo corre... mas, então recuando, e por falar em memórias... hoje recordei-me daquilo que mais me fascina desde míuda além daquelas bolas de vidro com coisinhas lá dentro a imitar a neve a cair. estrelas cadentes. não acreditarão, quem ler, que me lembrei disto ao limpar as portas de vidro do meu trabalho. ainda estava a interiorizar as últimas palavras dele sobre as minhas memórias escritas, quando, ao fazer aquele movimento circular, de quem abrange uma grande área, de quem quer abraçar o mundo; fui assaltada por um flash. estrelas cadentes. nunca tinha tido a oportunidade de presenciar uma só que fosse, assim de surpresa. já as tinha visto na televisão mas não é a mesma coisa, convenhamos. então lembrei-me da primeira vez que isso aconteceu.
a meio da tarde recebi no telemóvel mais uma de tantas sms's dele. uma em especial. dizia "hoje apetece-me algo diferente." eu não sou propriamente um monchérie ou um ferrero rocher para algo diferente, perguntei o quê. deixou ao meu encargo. não achei grande piada no momento. é difícl surpreender alguém ainda para mais quando os flirts são recentes. um pic-nic! outro flash momentâneo a meio daquela tarde. mas de noite? ora... diferente é diferente! então lá fui eu comprar umas bolachas próprias para diabéticos, umas de maçã e outras não sei de quê, não me recordo. saí sem as chaves e a colega e o patrão sairam, deixando-e na rua. tive de percorrer meia vila, quase, para a encontrar e pedir-lhe que me abrisse a porta pois tinha tudo lá dentro. a colega assim o fez; rimo-nos o caminho todo daquele enfado. cheguei a casa, tomei um banho quente. escolhi a lingerie. a roupa. o perfume. jantei. pus a água a ferver. café ou chocolate?... fui buscar o termo da minha mãe, ainda por estrear, misturei o café (sem café, aquele que temos muitas vezes em nossa casa que contém cereais em vez de ou mais que) com a água. estranho... não me recordo onde transportei tudo aquilo mas o que quer que fosse levou o termo, as bolachas, os guardanapos de pano brancos, duas canecas, duas colheres, dois ou três pacotes de açúcar. um cobertor. e muitos beijos.
fomos beber café ao barzinho do costume. vinte e duas horas. vamos dar uma volta? tenho uma surpresa para ti, disse-lhe. ele sorriu. saímos. chegámos à praia, que devia mudar o nome de Areal para a Praia dos Namorados com os "pais" a vigiar excessos, estacionei. saí. disse-lhe que saísse e me ajudasse com uma coisa. aberta a mala do carro sorriu-me corando quando sentiu o cheiro a café. e naquilo fui um bocado lamechas ao dar-lhe uma foto minha. aproximei os meus lábios dos dele. "ah!!! uma estrela cadente!!!!" corei de seguida desatando a rir do meu entusiasmo tão infantil. expliquei-lhe que nunca tinha visto nenhuma e para nos rirmos mais um pouco o senhor vangloriou-se dizendo que com ele só seriam surpresas deste género. foi um pagode de riso. estendemos o cobertor na areia. dispusemos o café, as bolachas, e espalhámos os beijos... ele adororu o pic-nic e eu nunca tinha nem feito nem tido nenhum - foi para ambos uma experiência inesquecível. um veradeiro pic-nic de amor entre amantes. até ao fim de dezembro foi uma chuva de estrelas cadentes. a última que vi ia conhecer os pais dele e pedi-lhe - por que dizem por aí que se deve pedir desejos às estrelas cadentes - pedi-lhe que me desse sorte nessa noite. por acaso até nem deu mas pronto!

3 comentários:

  1. Linda como sempre.
    Que todos os teus desejos se realizem

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  2. Que lindo Taniah, a entrega espontânea diferencia as pessoas que passam na nossa vida. Achei tudo tão imensamente romântico, espero sinceramente que tenha sido uma historia para continuar.

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  3. márcio, obrigada. para ti também - que todos eles se realizem!

    preta rosa-preta, é uma história que não promete fim à vista ;) obrigada

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