quarta-feira, 27 de outubro de 2010

uma estrela do céu - quem lhe sentiria a falta?

fechei os olhos. respirei fundo. sinto um cheiro no ar que me é familiar mas... o que é? fecho os olhos. está escuro. mas ao fundo... ao fundo... eu vejo uma luz branca qualquer... eu conheço aquela luz. na mão tenho uma flor. na outra uma... na outra mão... não sei que coisa é. costumo vestir as folhas dos livros e o batôm dos meus lábios é da cor velha das folhas velhas dos livros antigos. o meu olhar, tão azul, tão azul como o céu, o meu olhar está cheio de sonhos. eu fecho os olhos e tu não estás aqui. sinto um aroma no ar... há algo no ar de cariz maravilhoso mas eu não sei que coisa é... a época aproxima-se... oiço os sinos ao longe, as melodias a chegar e tu não estás aqui e é uma coisa tão estranha, tão estranha que é coisa que nunca me habituo - à tua ausência. quero-temuito. quero-te demais... mas agora que o tempo passa, e passa tão depressa!... parece que... que horror! já não penso tanto em ti e tu dormiste tantas noites comigo. nas noites todas que o céu, à noite, no inverno, no céu se viam mais estrelas que agora... parecia que cada vez que olhavas o céu fazias nascer mais uma estrela como uma flor no jardim lá de casa. eu gostava de ter uma estrela tua. gostava que uma das tantas que o céu se envaidece de ter, uma delas fosses tu, e fosses minha para sempre ou de quando em vez... para matar a saudade do teu sorriso de mel, dos teus olhos cheios de sonhos de menina, do teu perfume a flores campestres... oh! se tu soubesses... mas eu acho que sabes.

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