quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Aisha, a outra face da realidade

lembro-me do dia em que soube que os cães não vêm o mundo como nós. aquilo fez-me tanta confusão!... e fez-me questionar também qual a veracidade da realidade aos nossos olhos. devia ter os meus onze anos(?)...

quanto mais vasta a nossa literacia mais fácil se torna de compreender os usos e costumes do outro lado da rua. existem direitos. existem leis. convicções religiosas. parece só não haver senso comum e quando estamos habituados ao nosso mundo, ao nosso umbigo, torna-se difícil respeitar situações destas.
acho que a única maneira de dar a volta à situação é oferecer asilo; pouco mais se poderá fazer num país que olha para outro ser humano como se olha para um animal repudiante. há realidades para as quais nunca estamos preparados.
felizmente a coragem da Aisha é maior que a brutalidade sofrida. num mundo onde, pessoalmente, as mulheres são tão bonitas e não têm como preservar a beleza é onde também são desrespeitadas a um nível tão baixo que nunca conseguiremos imaginar o quanto. que sejam abençoadas todas as que vivem sob opressões de todo o género, sequer imaginário.
no entanto, não deixa de nos chocar a todos como sai caro o auto-conhecimento e a ousadia em tomar decisões para proveito próprio como inicia a reportagem a revista TIME "WHAT HAPPENS IF WE LEAVE AFGHANISTAN" - "O QUE ACONTECE QUANDO DEIXAMOS O AFEGANISTÃO". faz-nos confusão, a nós, ocidentais, branquelas, enfezados, tamanha diferença social.
a mim, o que me faz mesmo muita confusão, é a limitação a que estas pessoas se dedicam dia-após-dia... são como os burros da minha terra a quem se punham talas para não se distrairem no caminnho e verem sempre só o caminho a seguir. será que o mundo gira no sentido oposto dos ponteiros quando estas coisas acontecem mesmo ao nosso lado?

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