quarta-feira, 17 de novembro de 2010

energias...

sinto uma qualquer energia contida dentro de mim. sinto-a no compasso cardíaco deste músculo guardado em si, dentro de mim. sinto-a a respirar. a contrapôr-se. a impôr-se aos poucos . sinto-a envaidecer-se no passeio pelas minhas veias. sinto-a a correr nas minhas veias, pelo meu corpo como meninas à solta a correr nos prados de papoilas e ervas deixadas ao abandono, de sorrisos ao longe e balões na mão. sinto que há, de tempos a tempos, qualquer coisa errrada. e qualquer coisa inaudível, que não faz sentido nenhum. a morte é um compasso de espera e há algures, atrás de uma esquina de rua escura, algo pronto a revelar-se à luz, a olho vivo. eu fecho os olhos e não vejo nada para lá da escuridão que se impõe. e o silêncio que se ouve do lado de fora do meu corpo é interrompido pelo compasso cardíaco deste músculo dentro de mim. tum... tum... tum...

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