domingo, 26 de junho de 2016

SÃO PEDRO JÁ NÃO PRECISAMOS DE TI! - parte II

de manhã, passei no farol do Cabo Carvoeiro, confirma-se, perguntei, que as visitas se mantém conforme a informação disponível na internet? sim, senhora. sempre às quartas-feiras das 14h30 às 17h30.
tentei, a todo o custo, contar-vos primeiro que a elas mas não foi fácil com a espionagem intensiva que sofri.
vamos para Peniche, Cabo Carvoeiro, expliquei. sempre em frente S. não tem como enganar. podes estacionar. 

'bora lá,  meninas, vamos lá acima, ao farol!
conhecemos o faroleiro, sr. João, muito prestável, de sorriso fácil e acolhedor. deixou-nos fotografar, opinar e teve alguma dose de paciência. 
o farol iniciou a sua actividade em 1790 no mesmo local onde, até à data tinha ali havido um outro, em paredes meias com a igreja da Nossa Senhora da Vitória, destruída pelo sismo de 1755. a mando do Marquês de Pombal foram feitas as obras necessárias, um pouco por todo o país. 
naquele tempo, a luz era branca e fixa com um alcance de nove milhas através do uso de azeite. mais tarde, substituído pelo petróleo e pela cor da luz, agora e até aos dias de hoje, vermelha, e com um alcance quase no dobro, quinze milhas.
no rés-do-chão tivemos acesso a uma sala onde exibe uma lanterna que já funcionou noutros tempos e que, actualmente, está como reserva caso rebente um fusível da que está em funcionamento; um gerador enorme e alguns quadros com todo o tipo de ferramentas expostas. "os faroleiros são homens mestres de tudo, oficiais de nada". as palavras ecoaram na minha cabeça.
sr. faroleiro perguntou-nos se queríamos ir lá acima. CLARO!!!, não foi em uníssono mas tinha sido bonito.
e... 111 degraus até lá acima meninas! nós rimos. aquela informação era suposto recuar-nos??? (só não corremos em direcção à porta porque não sabíamos qual delas era.)

101 degraus depois e... São Pedro, armado em parvo, não abriu o tempo. fiquei triste. tanta expectativa para ver uma vista a perder de vista a 57 metros de altitude e... uma névoa tal qual a afamada d'el-rey d. Sebastião. valeram-me os corvos abrigados no rechedo, ali em baixo, ao som da buzina para as embarcações. fiquei espantada com a minha falta de audição; vivia certa de que o som partia junto da luz mas não. 
ah! faltam subir dez! 
com cuidado, subi os que eram agora de ferro, pintados de verde. que calor! a lâmpada é enorme! espreitei entre os panos e, lá está, o nevoeiro. 
soltei um suspiro exasperado! pena o tempo, sr. João, estava tão excitada com a possibilidade da vista... havemos de voltar para repetir!! oh menina, é quando quiserem!!! foi muito simpático.

meninas, temos de seguir caminho.
apesar da dona M. adivinhar metade da surpresa, sem sabe-lo, foi segredo até ao fim. S. podes fazer caminho para a barragem de São Domingos, Atouguia da Baleia.

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