segunda-feira, 13 de junho de 2016

58ª Caminhada Trilhos do Mar - Alcongosta (Fundão) 2ªed. - PARTE I

olá!!!
mais uma caminhada organizada pelos TRILHOS DO MAR; mais uma aventura e boa disposição como lema!
cá em casa levantámo-nos por volta das cinco da manhã, aquela hora em que damos outra volta na cama e continuamos a dormir! desta vez toca a saltar dela!
estava ansiosa pela chegada ao ponto de encontro e presentear a malta dos trilhos. o J. tinha tido a idéia de oferecer uma bandeira e, depois de muito sofrer, lá estava ela, em casa, embrulhada para o efeito.
eles gostaram. e ainda bem!
06h30min as camionetas arrancaram rumo a Alcongosta, Fundão, para a caminhada e festa da cereja que se realiza por esta altura. saíram de Peniche cerca de cem pessoas, das mais diversas idades e pelos mais diversos motivos ainda que todos coincidentes num: comer cereja! o dia amanhecia tão preguiçosamente quanto a maioria de nós se mexia fosse para o que fosse; só os sorrisos eram realmente espontâneos e enérgicos!
o bom desta campanha é o espírito. há muita animação, alguma loucura à mistura e quando envolve este tipo de transporte provoca-me um dèjá vú dos tempos de garota nas visitas de estudo é que pouca coisa difere para além do óbvio - a idade - porque a parte detrás da camioneta é sempre aquele desalvoro: uns cantam, outros batem palmas, contam-se anedotas e disparates como quem come cerejas! vale-nos o óbvio, a idade, para o sr. motorista não interromper o caminho e ir, lá atrás, ralhar connosco! 
primeira paragem: estação de serviço de Abrantes onde a fila para o wc das senhoras era menor que a do café com pastel de nata. coisa realmente muito estranha...
foto de grupo!!! foto de grupo tirada; primeiro vídeo feito. (curioso a pacatez do meu tom de voz; talvez fosse sono, talvez fosse a falta de companhia, talvez fosse falta de outras coisas.) verão mais à frente.
quando entrámos na camioneta, já o calor me atormentava se calhar por causa da temperatura que ia gradualmente aumentando ou das gargalhadas. hoje os abdominais doem-me à pala delas, não da prancha na aula de circuito de quinta-feira passada, desculpa R. 
e chegámos! uf! esta vista é qualquer coisa, pensei para mim. ao fundo, a serra, em degradées de verde e azuis e cinzas, destacava-se claramente do azul-cien deste céu primaveril mesmo com algumas nuvens ainda cirandem por ali como se nada fosse; estavam de passagem!
sr. S., sempre responsável, despachou as indicações-regra para que tudo corra bem para todos e descemos. vamos descer?! ainda bem... humm... não fiquei muito descansada.
as pessoas são muito castiças com os seus cabelos brancos de mil e uma histórias vão nos cumprimentando à medida que lhes sorrimos e acenamos. e o primeiro impacto com a natureza surge. D
eus! isto é esmagador! os tons esverdeados gritam de vida; há um ribeiro simpático que aqui e ali, por causa das rochas, salta e canta; há flores de todas as cores e espécies ao longo do percurso todo que fizemos. (não me lembro de nenhuma outra caminhada me ter fascinado tanto.) quando não eram as campestres eram as das casas de habitação e, ao fundo, serras inteiras de plantação. 
a mais singela das cerejeiras é um mimo mesmo estando a sua maturação atrasada há sempre umas atrevidas que coram ao gosto dos raios de sol e outras que nos deliciam os lábios. que saudades! há lá fruta mais doce e mais delicada?!
a primeira subida presenteou-nos com o comboio da cereja que leva os passageiros a conhecer a zona de uma forma mais rápida, é certa, mas menos gratificante, aposto! muito gira a ideia! toda a gente comeu muito do pouco que havia nas árvores. contaram-me que, há dois anos, era a loucura, a quantidade de cerejas para lá de vermelhas, prontas a colher!
tenho a dizer com alguma pena que vi e lamentei a atitude de alguns caminhantes. toda a gente comeu as cerejas que quis. é mais que certo isso. e pelo que me contaram é normal para os habitantes locais que quem passa lance a mão à árvore e colha o fruto aqui e ali. funciona um pouco como divulgação também. todavia há que ter consciência dos nossos actos. as cerejeiras são o ganha-pão daquelas pessoas e ver alguns caminhantes a encher sacos de supermercado de cerejas foi muito feio!
terminámos o percurso à porta nº35. quando lá cheguei já a animação estava no seu pico e só depois percebi que se devia ao tintol do senhor que simpaticamente se meteu com a rapaziada dos trilhos e, sem saber no que se metia, ofereceu um copinho a quem passava. alguns já iam nos três mas isso não importa. a malta ficou alegre e o velhote encantado com tanta gente ali, de repente. eu provei também! muito bom, sim senhor! (ainda bem que entrei em 2016 a gostar de vinho tinto). e depois fomos almoçar!! 

1 comentário: