quinta-feira, 16 de junho de 2016

58ª Caminhada Trilhos do Mar - Alcongosta (Fundão) 2ªed.- PARTE II

"não existe mulheres feias nem há vinho azedo. há é homens que não gostam de vinho!", clama o L. feito galo de capoeira.

o almoço era por conta e risco de cada um! e nós resolvemos que havíamos de encontrar uma tasca qualquer onde comer e bem! troquei de roupa na camioneta e saí linda e fresca como uma alface! 
logo à entrada da festa, três barraquinhas mostravam a bela da menina redondinha e encarniçada, pronta a ser devorada! mas de cerejas estava a barriga cheia, era preciso algo mais consistente. distanciei-me um pouco do grupo e parei os olhos numa banca que vendia pipas! adoro pipas! na verdade, há muito poucas coisas de que não gosto, e a senhora, boa vendedora, ofereceu-me logo uns grãos a provar apesar de lhe ter pedido que me desse no regresso, mal sabia eu a promessa vã da compra que lhe fazia. oh menina eu também não lhe quero dar de comer! isto é só para provar! e é verdade! como prova foi muito bom! entrámos numa tasca com um nome muito simpático: tasca pedra. a maioria atacou a feijoada, eu fui ao caldo verde e à bifana, por ignorância - não sabia que havia moelas, mas pronto! e em três tempos, três garrafas de 7,50ml de vinho tinto, foram-se! há que hidratar depois de uma caminhada daquelas e ao sol ainda por cima... a sobremesa foi papas de carolo (papas de milho) não lhe achei piada nenhuma! as moças eram muito divertidas sem esperarem o quão acelerados íamos nós! Sandra Bimba, alcunha, elevou a animação quando disse que o L. era um menino com olhos lindos!, serviu-nos a todos, apesar da algazarra.
alguém não resistiu ás cestas de palha e comprou logo uma com vontade de a levar bem cheia, para baixo. subimos mais um pouco e fomos ter a um armazém todo aprumado para ser um belo bar! e que belo bar! foram-nos servidas caipiroscas de cerejas. tinham um pouquinho só de lima a mais e açúcar de menos mas boa, muito boa; a segunda superou-se! e a música ajudava a alguns encontrões, muita gargalhada espontânea e poucos passos certos! o rapaz é de uma habilidade extrema com as garrafas. formou-se nisso, soube depois. tirei-lhe muitas fotos! tirámos todos muitas selfies. e algumas fotos muito artísticas, dona R.!!
dali, forçosamente, seguimos caminho que pouco faltou para que encerrássemos a visita ali; às 18horas a caminoneta partia rumo a terras penicheiras.
eu e a R. fomos abordadas por uns papelinhos de amostra a perfume natural, de cereja, agradável, sim mas naquela hora ia-nos correndo muito mal! e quatro barracas à frente vendiam-se filhoses, de cereja, que minimizámos o estrago com metade para cada uma. sinceramente, deixou-me a pensar se eu não dei pela cereja ou se ela existia só no nome.
contornámos o sr. A. (de Américo, não de Aníbal ou Amílcar) - peço desculpa a dislexia temporária - confortavelmente instalado na esplanada e descemos a rua, para o meio da multidão! provámos dois shots de licor de cereja que se comprovou horríveis, compensados pelo tintol da TASCA DO PINCHO, que distribuía por quem passava. numa banca vendiam-se boinas em forma de cereja e brincos e porta-chaves e ímanes e eis que... quermesse!!! adoro!!! 0,50€ cada rifa a sair sempre prémio!!! vou jogar! e... a decepção. um relógio (sem pilha) com bracelete transparente e riscado, com uma rosa laranja no mostrador e uma caneta com galo de Barcelos. oh... onde estão as cerejas?! ingenuamente, pensei mesmo que os brindes tivessem uma referência qualquer à bendita fruta. oh menina, isto é uma quermesse, não é uma compra. tem razão, desculpe. mas pensei mesmo que calhasse qualquer coisa com cerejas... eu nem nunca fui a Barcelos!... e eis que me ocorre pedir a troca  do relógio por outra caneta, uma qualquer, já que uma pilha custa 2,5€. a senhora lá cedeu e presenteou-me com uma mala a tiracolo, feita à mão, com pespontos em linha azul. à R. calhou-lhe uma caixinha e uns brincos (sem cerejas)! olha que bem! tirámos uma foto!
rua acima até à TASC'A SEDE onde, o sr. A. encantava com o seu acordeão e sem hesitar, entrei a meio do comboio humano que, aumentava ao som do tradicional "apita o comboio...". muito se dançou ali. também se bebeu. brindes por tudo e por nada. e na parede um pormenor muito engraçado: duas lonas assinadas por qualquer pessoa que ali entrasse e quisesse deixar um marco pessoal. lá ficou registado em CapsLock: TRILHOS DO MAR; - PENICHE - ; NAFTALINA AOS SALTOS - BLOG -; 2016; RAQUEL; DUARTE.
vimos actuar os Bombos de Alcongosta e os do Ladoeiro; o sr. A. também se juntou e animou bastante; vimos um teatro com palhaços-músicos. cantámos o Hino de Portugal. e Trilhos olé! e Naftalina olé! oh... gostei tanto! foram uns amores, estes rapazes!

a descer a rua, cansei os fígados ao J. para comprarmos uma boina já que não podia levar um bibelô de cerejas para pôr no móvel da sala. ele disse que sim! e cansei as moças ao regatear o preço. consegui! mas eram umas queridas, as raparigas.
os Bombos do Ladoeiro continuavam o seu espectáculo no fundo da rua quando me aproximava e ia filmando ao mesmo tempo. o L. estava a ser entrevistado pela rádio local. "... Alcongosta sempre! (...) viemos 110 pessoas de Peniche..." muito bem. meia dúzia de passos depois, estavam, outra vez, alguns do grupo, parados, sentados nas escadas da igreja, a bater palmas ao ritmo do acordeão. alguns já com caixas de cerejas de braçado.
ao descer a rua namorava uns bancos à entrada da
TASCA DE AMIGOS, NUNC'ÓTAL e, uma vez mais, eu e a R., vimos um photobooh... que máximo!!! a moça que estava à porta foi uma querida em deixar-nos parvar (mais) um pouco!


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