segunda-feira, 4 de abril de 2016

assistência em viagem e ciclones com olhos sensíveis

não é que seja regra até por que seria uma falta de noção da minha parte mas a maioria das mulheres não percebe patavina de automobilismo e afins. assim é que, o motor começa a deitar fumo, por exemplo, o que é que nós fazemos? abrimos pisca à direita, estacionamos; e desligamos o motor e abrimos o capô e ficamos ali. a olhar. com ar de muito entendidas do assunto: ora aqui é o motor, ali o reservatório da água, alí a vareta da medição do óleo, aquele tubo... humm... esticamos até o dedo indicador em sinal de identificação. 
no verão passado uma colega de trabalho, a V., chegou ao pé de mim e disse-me alarmada que o pneu estava em baixo e que dali não saía, escusasse eu de ter ideias de o tentar levar até à oficina mais perto. constatei a contra-gosto que assim era. fui almoçar (dali ele não saía mesmo). a minha mãe já falava em desmontar o pneu e levá-lo à oficina (a pé) - chega a ser mais louca que eu; eu ainda ponderei - não sei a que propósito - trocar o pneu - quando, felizmente e a tempo, me ocorreu ligar para a assistência em viagem. é para isso que ela serve, mesmo que, o carro, estivesse estacionado à meia dúzia de horas. e pronto. problema resolvido. meia hora depois lá surgiu o senhor de t-shirt azul escura-desbotada e calça de ganga, tipo LEVIS, descaída, para substituir o pneu. não percebi o espanto de toda a gente: "o quê? ligar à assistência em viagem para mudar um pneu?!" dizia a M. na altura e o tom dela piorou quando me perguntou: "tu não sabes mudar um pneu?! és a vergonha das mulheres!" o J., escandalizado, ainda alegou um possível aumento no valor do seguro... WHAT?! eu-pa-go-assis-tên-cia-em-vi-a-gem-no-se-gu-ro!... não é que eu não saiba mudar um pneu. claro que sei!! pelo menos teoricamente. para quê correr o risco de fazer uma figura menos graciosa de minha pessoa?!

muito melhor que ver esta manhã um senhor, no auge dos seus quarenta anos, de camisa aos quadrados azuis, colarinho roto, e arregaçada até aos cotovelos às 08h55 da manhã - com o briole que fazia - com o nariz enfiado no motor do carro. se bem que conseguiu piorar quando me apercebi que o cinto de cabedal gasto das calças de ganga, velha e barata, não as segurava na cintura mostrando o vistoso-mas-não-gracioso rêgo do cu! 

(vai-se a ver o ciclone de hoje teve início naquele olho donde surgem violentas trovoadas e contrastes de temperaturas...) digo eu, sei lá!!

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