sexta-feira, 24 de setembro de 2010

pin-up

ah!... as pin-up! tenho uma verdadeira adoração por elas. são aquilo que as mulheres nos dias de hoje já não sabem ser, não têm nada do que estas mostram e simbolizam. 
as raízes vêm da bela Paris - aonde espero ir um dia destes - aquando da arte noveau com ALPHONSO MUCHA e JULES CHERET (que, confesso, desconheço a obra) mas MUCHA e as suas meninas de cabelos ao vento apaixonam-me desde sempre. segundo conta a história a arte dos posteres desenvolveu-se em escola ensinando e ajudando artistas por vinte anos mais. não foi um processo fácil de inserção na sociedade visto haver regras de conduta bem superiores às dos dias de hoje mas a pouco e pouco as musas acompanharam também as caixinhas de bombons das senhoras além das embalagens de cigarros dos monsieurs.
perguntam, talvez, o que me desperta tanto interesse numas ilustrações. é simples. são sensuais. são bonitas. são inocentes. três palavras são suficientes para distinguir as pin-up de outro qualquer tipo de ilustração ou figurino.
simplicidade. sensualidade. beleza.
aparecem sempre de grandes sorrisos. vestidos esvoaçantes. poses banais. sempre de saltos altos independente da roupa, momentos quase únicos.
no entanto, a pin-up não é uma mulher, de todo, real; é fruto de fantasias e não aquela que julgamos uma típica dona de casa (embora eu ache isso muito mais interessante). depois há um outro lado donde parte a curiosidade embora essa tenha sido exterminada com o aparecimento da playboy - não tenho nada contra mas é verdade - a sexualidade das pin-up nunca está explícita, é sugerida enquanto a nossa revista actual não dá a entender nada pois está tudo muito claro.
com a entrada do século XX e HOLLYWOOD em expansão houve um grande avanço desde a atitude das meninas retratadas quanto dos artistas e produtores. a partir desta altura surgiram as pin-up de carne e osso em nomes como BETTY  PAGE e NORMA JEAN(MARILYN MONROE). aparte disto foram também um grande entusiasmo e ajuda aos soldados norte-americanos quando partiram para a segunda guerra mundial; algumas delas aparecendo pela primeira vez nas revistas masculinas com os seus pelos pubianos à vista. cada época tem uma imagem pin-up ícone e assim se nota a evolução dos tempos e da imagem da mulher na sociedade masculina.
sou menina atrevida. e confesso-me, sinto-me uma pin-up em determinadas alturas: frente ao espelho, quando troco de roupa, quando vou na rua.
está na natureza das mulheres de outros tempos que a minha mãe passou para mim e tenciono passar um dia para a minha filha... o olhar. o andar. o sentir.

4 comentários:

  1. Norma Jean. Já não ouvia esse nome há algum tempo.
    E graças a deus que as mulheres já andam mais desinibidas. Que ricas... Mama Mia :)) tb nós somos discretos e muitas das vezes notamos essa sensualidade numa desconhecida que passa por nós. O andar, a forma de andar, os olhos, a roupa, o sorriso , um Olá a um amigo que apareceu, o atender o telefone, o ajeitar dos cabelos. Viva a este século!

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  2. Adorei o post. A questão é: que tipo de pin-up, qual a gravura, qual seria o choque de uma pin-up para os nossos dias? Numa altura em que o tabu é aquilo que mais se discute, o que discutir? quais os valores a ultrapassar?

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  3. a minha maior curiosidade é saber que tipo de pin-up seria eu... :)

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  4. Diz-se que é nos momentos de «amor» , no ninho, que a mulher se revela em pleno :))) e aí , é, UP de certeza :))

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