terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Alecrim, alecrim aos molhos/por causa de ti/choram os meus olhos...

se há época do ano complicada para mim a nível de contenção alimentar é a do natal! ainda para mais porque começa p'raí duas semanas antes: um mon chérie aqui, um ferrero rocher ali, bolo rei ao lanche da manhã/da tarde... à medida que a consoada se aproxima a quantidade também aumenta. tudo serve de desculpa. na noite de 24 para 25 de dezembro chegam cá a casa os pastéis de batata doce (pelos quais passo o ano aguada por eles - não que a senhora não se tivesse já oferecido para mos fazer sempre que eu quisesse!) que se juntam às filhoses de abóbora e, este ano em especial, às de cenoura e às de iogurte. (não pude não fazê-las: as primeiras por que assim que se falou nelas os olhos da minha mãe até brilharam e as de iogurte porque descobri-as sem querer e fiquei tão curiosa que não pude deixar de experimentar!) ah! é verdade, já quase me esquecia! os biscoitos fritos. e esta azáfama culinária só pára lá para bem depois do Dia de Reis! 
todavia... este ano... tive um percalço. 
eu nunca fui aquela pessoa que, em situações de stress, dê em comer tudo quanto aparece à frente. não. a dona Tânia é mais do estilo: não-desce! nem líquido nem sólido. penico qualquer coisa só para não me azucrinarem a réstia de paciência.
mas este ano não. este ano não. o meu nível de cortisol e mais não sei quê, que a malta entendida fala, disparou de uma tal forma que terminava o mês de janeiro e cá em casa os chocolates iam desaparecendo a uma velocidade tal, qual Miguel Oliveira!
consulta marcada na nutricionista. tudo confessado como se o gabinete fosse o confessionário de um padre. ela abriu os olhos, meteu as mãos à cabeça e mandou-me subir à balança (parecia que me tinha atirado aos leões). surpresa das surpresas: um quilo a mais. e é de massa muscular!!! e ainda consegui perder outro de massa gorda!!! valeram-me os treinos exaustivos! obrigado sr. RS! e vai daí que a LR, a nutricionista, me aconselhou a uma de duas coisas ou, na pior das hipóteses, as duas: picolinato de crómio, se não estou em erro, para a redução do desejo do chocolate e chá de alecrim para acalmar a ansiedade. bem, optei pelo chá. 
imagem tirada daqui
e, obrigada LR, pela maravilhosa lembrança poeirenta que desencantaste em mim, quase despertei numa crise de rinite alérgica!
só a palavra alecrim automaticamente me reporta para a música mas o cheiro... ah o cheiro...  e ainda por cima estamos em fevereiro e está um frio dos diabos! amanhã até está de chuva, dizem, e boa parte das minhas tardes de infância eram à volta de um arbusto de alecrim, que pertencia à minha avó materna, uns metros à frente da minha casa; tempo chuvoso, muito trapo vestido, a maior parte péssimas combinações!, um galho aqui, outro ali, ou simplesmente chegava perto e cheirava... e depois caça furtiva aos caracóis! chapinhar nas poças, andar de bicicleta, correr com o(s) cão(es) - tive muitos! e a mãe a chamar!...
ai! o chá!!!

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