sábado, 13 de fevereiro de 2016

a culpa é das estrelas!

a cobardia paga-se cara! as nossas atitudes têm consequências, parte delas nem nos apercebemos, "cada ser é um ser único, especial..." este é um daqueles clichés bonitos para dedicatórias e afins no entanto, como diz a música do Rui Veloso, «toda a alma tem uma face negra» e isso é bom e é mau também. crescemos com regras que começam no bom comportamento, sem birras, com obediências cegas, vestimenta impec!, ter tento na língua e na ponta da mesma as palavras-chaves: "se faz favor", "obrigada", "bom dia", "boa tarde/noite", "desculpa", e quando chegamos à idade dos porquês tornamo-nos fala-baratos curiosos. curioso é, para mim, a metamorfose que sofremos - doces crianças em perfeitos estrupícios.
justificamos isso com a etimologia do nome e depois culpamos as estrelas "ah e tal há aquela cena do ascendente e do descendente do signo que só de si já tem um feitio difícil...", é o karma, o destino, passado-presente-futuro... balelas!
somos não só produto do nosso ADN como do ambiente envolvente e por isso subentende-se as experiências que vão surgindo e as pessoas que vamos conhecendo. nem tudo é positivo, claro! e o maior problema que enfrentamos somos nós mesmos. a nossa dificuldade em dizer NÃO logo de uma vez, pelo contrário, vamos prolongando a situação, alimentando o monstro que só a nós nos destrói, nos prejudica, nos minimiza. 

a culpa é das estrelas, os ventos mudam, estrelas cadentes não caiem, os signos conspiram e os palermas têm nomes mal combinados, e não há substantivos ou verbos que lhes valham.

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