domingo, 21 de fevereiro de 2016

52ª Caminhada Trilhos do Mar - Óbidos: vila e muralhas

"pessoal, tenho de me ir embora, é tardíssimo!! amanhã de manhã tenho de me levantar às sete!! vou fazer uma caminhada por Óbidos!
eram 3h37min da madrugada. chegar a casa, deitar e não deitar já o relógio marcava 04h00. o frio congelou-me os pés e não foi fácil adormecer. a última vez que vi as horas, depois de centenas de voltas na cama, já as cinco iam adiantadas. 07h00 o despertador tocou. oh deus! já?!
fiz a mochila com a bucha, água e sumo; tomei o pequeno-almoço, peguei no saco do lixo e fechei a porta atrás de mim. à espera, pensei. falta a máquina!! o sr. L. vai-me cansar os fígados mas azar! depois mando-lhe a conta do hepatologista.
dez para as oito, no ponto de encontro combinado, para a boleia - sou uma moça muito pontual! reunidos os outros organizadores, lá demos início à aventura.
o dia ia clareando num ar simpático, neste mês de fevereiro, na companhia de um vento frio que vinha de todos os lados, parecia-me. 
curioso como achamos que conhecemos um local mas a mudança da perspectiva leva-nos a constatar que estamos longe de saber como ele realmente é. subimos as escadinhas que dão acesso a um moinho e seguimos o caminho oposto; a vegetação já se apoderou de outros trilhos, agora abandonados. várzeas inteiras se estendem até ao horizonte... há mil anos toda aquela zona era água aonde, agora até há carrascos e árvores que marcam posição. e começámos a subir, junto às ameias... bem... que misticismo que se sente ali. talvez porque é inverno. talvez por causa da vegetação abundante. talvez por que é um castelo... mas há ali qualquer coisa! 

chegámos ao topo, que vista linda! o castelo, ao lado esquerdo, as ameias espiãs e altivas da vila branca, ao
longe e longe da sua protecção, a igreja do Senhor da Pedra, os campos verdes, aldeias vizinhas, o céu azul...
mais uns quantos registos fotográficos, a equipa dos organizadores sempre divertida, os caminhantes bendispostos, 
fotografia do grupo L.P.O.A.R.C.P e eu! quase um abecedário! 
toca a descer, rumo à estação ferroviária obidense! degrau a degrau, esquecidos no tempo e enlaçados pela flora verdejante da terra húmida das chuvas, lá se avistou a dita que escondia uma menina (pena me ter esquecido dos TB's). e, para desespero do organizador P., mais umas brincadeiras fotográficas com as solipas de comboio, as pedras beirantes das linhas, e continuámos rumo à Igreja de Santo Antão. mais uma cache feita e reunião para a foto de grupo com a minha selfie visto que, andaram com o meu nome em gritos, aos quatro ventos, para tirar a foto!!
e continuámos em inclinação descendente em direcção à vila. a ginjinha já apetecia. a conversa era muita e a boca estava seca e os lábios ásperos do frio! e chegámos! finalmente bebemos a nossa ginjinha com direito a brinde. esqueci-me do souvenir mas outro dia volto lá.

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