terça-feira, 14 de dezembro de 2010

paixões por playboys

há quem afirme por aí que as coincidências não existem. eu acredito que as coisas acontecem quando têm que acontecer e têm um porquê mas dou na mesma uma abébia  por que há sempre alguma coisa inexplicável. no outro dia falava-se de escolhas de  vida e de ideais. o assunto girava em torno da história de uma amiga cuja paixão da sua vida não passa de um playboy  que já deu frutos, um lindo menino de vinte e três meses. nunca gostei dele, nunca fui à pala com ele, aliás, antes de o conhecer já não simpatizava nada com a criatura pois todos os dias a minha amiga vinha junto de mim chorosa contar uma nova partida. e aquilo tudo foi-se acumulando. na noite em que me foi apresentado por ela gostei ainda menos, sexto sentido, sei lá. soube, aí à dias, a razão de um part-time, quando ela tem estabelecimento por conta própria e soube ainda que, mais não foi, uma chapada na cara já levou. e eu fiquei de queixo caído, a enrubescer de raiva e incredibilidade do que acabara de saber. à muito tempo que deixei de estar presente a cem por cento na vida dela. ela fez as escolhas dela e embora nos falemos muito bem afastámo-nos um bocado por causa disso. nunca quis acreditar que tal acontecesse. falou-se depois no geral. no que acontece nos dias de hoje. e alguém referiu que acreditava piamente que actualmente há mais violência que no tempo dos nossos avós. perdeu-se muito o respeito tanto da parte do homem quanto da mulher. já ouvi respostas bruscas vindas do nada, sabe-se lá porquê e de ambas as  partes. por favor, sociedade, roupa suja lava-se em casa!
mas aparte disso eu pergunto onde está o amor-próprio de uma mulher por si mesma que se deixa ficar à primeira estalada, à segunda, às seguintes?! não devemos dizer nunca nem hoje ou amanhã e não também é uma palavra ambígua e pouco amiga. hoje sou uma mulher feliz ao lado do homem a quem faço juras de amor e promessas de respeito e carinho como as noivas de branco, ao altar, de véu na cara. em tempos amei muito um homem que em duas semanas mudou dramaticalmente e quis dar um tempo sem quês nem porquês. tirei a aliança de ouro do dedo naquela hora, arrumei as minhas coisas, saí porta fora. nunca mais dirigimos palavra um ao outro. saí do restaurante já anoitecia e encontrei o joão no parque de estacionamento à minha espera para irmos confirmar a encomenda do último móvel. bebemos um café em seguida e já sentada, de chávena de café segura por uma das mãos levantei os olhos e vi por atrás do joão. entrou no café central, assim se chama, o meu ex com o filho dele ao colo, a enteada e a actual mulher pelo café adentro. por ironia do destino ou não aquilo estava atolado de gente, barulhento, movimentado e  a única mesa que vagou da dezena que o estabelecimento tem foi precisamente a do nosso lado. ri-me daquilo. ele não procurou os meus olhos e eu não lhos dei a ver mas sim, provoquei uns momentinhos de risota com o meu namorado para que ele tivesse em conscinência a péssima atitude que teve quando quis dar um tempo. nem sei que coisa é essa do tempo, cá comigo ou chove ou faz sol. quando soube que nem oito dias eram feitos do rompimento da relação já o senhor andava por aí com qualquer por que o tempo livre era muito jurei a mim mesma que jamais aquele homem me voltaria a tocar.

há coisas que não são para ser mas deve haver sempre um respeito pela outra pessoa - uma relação faz-se a dois, nunca só um decide o que quer que seja.

eu gosto muito dessa minha amiga e eu sei que ela também gosta muito de mim mas a vida tem destas coisas e pronto o tempo não corre por que a pilha acaba. o ano novo vai entrar e os meus desejos são que as mulheres se amem mais. se estimem mais. que sejam mais brandas as que são já ousadas. que as mais calmas se tornem destemidas. que ela tenha sorte sempre na vida. e no céu haja uma boa estrela para ela. e para todos nós também.

2 comentários:

  1. E qual é a conclusão? Ou há mesmo coincidências, ou o destino gosta de mostrar atrevido.
    A tua amiga que ganhe força e mostre-se como mulher que é.

    O respeito é fundamental.
    'Quanto ao outro... o teu pai bem que te avisou' =P lool nao consegui resistir a esta!

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  2. pois eu a conclusões não cheguei a nenhuma. se o destino é atrevido estou cá eu a fazer frente que também tenho a minha conta de atrevimento. quanto ao meu api, priminho, não sejas injusto, sabes a verdade.

    beijocas

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