sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

oix/sms/msg/tlm/td/ok...

eu sou do tempo que ainda não havia telemóveis. quando precisava de telefonar aos meus pais ia até ao café mais próximo e pedia com gentileza e educação ao senhor se me cedia o telefone para ligar lá para casa. se tivesse algumas moedas comigo pagava senão pedia se não me deixava telefonar na mesma que no dia seguinte passaria a telefonar. era assim que funcionava. esta malta mais nova não sabe o que isso é. aos catorze anos tive o meu primeiro telemóvel, um nokia3310, a custo de muito trabalho, muito trabalho mesmo, e muito "oh pai... vá lá..."; "oh pai... vais ver que te vai dar jeito ainda..."; "oh pai..." e  blá, blá, blá... quando o tive, a vinte e quatro de dezembro de 1999, foi uma felicidade imensa havia tariférios imensos, um dos melhores na altura era a vitamina P da vodafone com mensagens para a 91 a 0.04€ cada. isso pedia, mesmo assim, recorrer a abreviaturas, simbolos e invenções. a maior parte do que já há actualmente é fruto de muita imaginação. e palavras como tudo = td; como = cm; também = tb; sempre = smp; vez = x ... é um leque de opções à escolha. se calhar foi por isso que se inventou o novo acrodo ortográfico - para que toda a gente aprenda a escrever e a falar correctamente. enfim! quando surgiram as primeiras imagens ainda muito primárias e depois as de cor lembro-me de pensar, no meio do barulho da camioneta velha com a gritaria dos putos nos bancos lá detrás, que não tarda nada iria haver fotos e imagens reais. e assim aconteceu.
no meu último post tive um comentário de um anónimo. e deve ser alguém novo, que ainda escreve muitas mensagens = sms/msg; percebe-se pelas abreviaturas em texto fora do ecrã do telemóvel. estou curiosa de saber quem é. quem és tu? é que eu sou muito curiosa e gosto muito de comentários e daqueles assinados também. vá revela-te lá!

1 comentário:

  1. eu não fui, credo :-/

    tem piada que eu que sou do tempo em que se queria telefonar ia cravar um vizinho, que abreviaturas, era na escola por conta dos pseudo apontamentos que tirava.

    já tinha uns 20 anos quando comprei o meu 1º telemóvel, no ano de 1997, número que ainda mantenho, devo ser bastante trapeiro, tendo em conta que muitos dos meus amigos já mudaram diversas vezes de número.

    mensagens escritas isso era giro, as primeiras que mandei foi através de uns centros de mensagem manhosos que se arranjou, permitindo-nos enviar à borla.

    hoje é banal ter-se um telefone, até banal demais.

    banalizou-se a escrita ao ponto de a transportar de um sítio com 160 caracteres como limite, para todo o lado.

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