quinta-feira, 11 de outubro de 2018

ites de palpites, amigdalites, bronquiolites e...??

pior que ser tudo novidade é não saber nada. ouvir palpites atrás de palpites. ter sentimentos aos montes e não ter argumentos que cheguem.
a dúvida instala-se e a impaciência toma conta de mim.
se fizer, faço bem? 
se não fizer, devia ter feito?

um pouco como Shakespeare mas em versão borralheira que para gata nem bigodes tenho, que os fiz a última vez à linha (a minha esteticista ambiciona uma ausência de seis meses - é louca!).
o choro do menino antevê um gemido de queixume que eu não sei contestar! não é brinquedo, não é fome, não é frio, nem dentes é! era amigdalite a semana passada; esta semana é (novamente) bronquiolite; semana que vem será uma ite qualquer, consequência da creche, "um dos mil sítios piores que há no mundo", disse o médico pediatra numa da idas à urgência. "tem uns bichinhos..." continuava ele... e senti-me tão culpada como naquela vez que ele teve sapinhos justificados pela baixa imunidade do seu frágil organismo que não recebe do meu as defesas esperadas do leite materno, sem intenção de magoar, bem sei, mas questionamos até onde devíamos ter ido, ter feito, ter dito para impedir o atrevimento de um vírus, questiono eu.
esta noite que passou foi uma tourada. acordou às duas da manhã; fiz duas bombadas de ventilam e dei-lhe o leitinho, quentinho como gosta. pouco depois vomitou em jacto a minha cama, o chão, o tapete, a roupa dele... acalmou.
antes das três voltou a acordar. dei-lhe o outro medicamento, um comprimido desfeito em aero-om, vomitou tudo de novo e enquanto foi preparado um banho quente, a roupa da cama dele foi trocada, o pijama tirado a dedos em pinça e os meus braços cercaram o corpo dele como se o conseguisse proteger de mais alguma coisa. ingénua! adormeceu ao meu colo, cansado, com os caracóis desalinhados, a boca entreaberta, ao som do tum-tum do meu coração! não canto, não sei cantar, nem tenho voz para! (com alguma sorte madrasta encanto e mesmo assim tenho cá as minhas dúvidas!) desejo que o som grave do meu coração espante os gemidos agudos do meu bebé, que expulse a dor e o desconforto para que gema de excitação com os brinquedos espalhados na sala ao pontapé, qual campo de minas!

o meu bebé dorme agora. dá-me tempo de tomar um duche bem quente e preparar aquela que pode ser outra noite de loucos.
o que nos vale aos dois é que os meus braços nunca estarão cansados da minha ingenuidade e, em boa e grande verdade, o melhor aconchego da minha vida, descobri junto do corpo pequenino do meu menino!

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