segunda-feira, 7 de novembro de 2016

diálogos monossilábicos

falo muito. acho que já tinha dito isto por aqui. caso não o tenha feito porque assim como falo muito também não me lembro de tudo o que digo (excepto certas situações) aqui vai a derradeira confissão: falo pelos cotovelos!
tenho uma necessidade nata de falar. gosto. só assim se percebem realmente as mensagens entre receptor-emissor. há situações que o tom ou a construção da frase leva a entendimentos contraditórios ao que se pretende realmente.
é importante, de facto, dizer sim ou não assim: sim ou não. sem dar explicações. porém... (para evitar escrever um mas) é importante, pelo menos para mim, haver um desenvolvimento. é estranho haver um diálogo monossilábico: sim. não. talvez. pois. é amarelo. é azul. chove. (...) - o silêncio incómodo. isso e meias-respostas. o único que tive e me deu algum gozo já se passaram quase dez anos. nenhum outro superou!
fico a sentir-me uma cusca. racionalmente, de cabeça fria, até me questiono até que ponto há indiscrição da minha parte ou não-participação do outro lado do (suposto) diálogo, quase, quase. quase parece um monólogo.
aborrece-me! a verdade é esta. frases mal começadas, que ficam a meio, sem fim. até um gago, me-me-me-mes-(...)mo a custo, termina a ideia inicial em conclusão.
há muito espaço para a imaginação fértil. tudo se pode entender. tudo se pode presumir. nada se pode garantir.

3 comentários:

  1. Lembra-te que não é à toa que se diz que "o silêncio é d'ouro" e "quem muito fala pouco acerta". Com a vida vais aprendendo a defender-te e nas conversas "menos é mais". Se, como tu dizes, falas demais, como queres que os outros te respondam? :)

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  2. eu só consigo entender-me com as palavras. o silêncio deixa espaço para muitos mal-entendidos é demasiado vasto.

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    1. Tens razão. O silêncio deixa espaço para muitos mal-entendidos. Há que arranjar um meio termo entre falar demais e demenos :)

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