segunda-feira, 21 de novembro de 2016

65ª Caminhada - Trilhos do Mar: Trilho do Carvoeiro (6ªedição)

ufa! que agitação!
sábado à noite, que já era mais madrugada, marquei o despertador para as 08h15min. devia ter sido era p'raí 07h45min, foi logo uma correria depois de ver, com olhos de ver, que chovia. chovia... a bom chover! 
tudo a postos, toca o telemóvel: a jeitosa da P. não vai, 'tá de chuva! (por falar nisso é preciso arranjar um plano B para as nossas caminhadas)
09h00 da manhã, pontuais como nunca, lá estava a fotógrafa de serviço de telemóvel em punho que além da chuva ainda havia o vento e lama e limo e mais vale prevenir que remediar, não vá o diabo tecê-las, apesar de irmos em direcção aos Remédios e porque o que não tem remédio remediado está, acho que nem com o grupo dojo zen teria impacto suficiente numa qualquer tragédia ligada à bendita máquina daí o telemóvel em punho para qualquer eventual foto.
filmes aparte, como eu ia a dizer, beijinhos e abraços e galanteios e gracejos lá partimos às 09h30, mais coisa, menos coisa, do Clube Naval de Peniche rumo a uma simpática voltinha (09km) que nos proporcionou um contacto com o Dojo Zen, e de seguida, o Museu da Renda de Bilros para, depois, atacarmos o bolo no &guarias
rumámos a caminho do bairro do Visconde sob a vigilância da Fortaleza e o cheiro nauseabundo característico do carreiro. 
apanhámos uma ventania!!... o passo acelerado não permitiu que o frio entrasse no corpo se bem que fácil, não foi, de um lado a chuva, do outro o vento, aqui e ali entre as velhas casas de pescadores a corrente de ar fazia frente à do mar que enfrentava, destemidamente, as escarpas, por ali acima. 
fomos ter à praiinha do Portinho d'Areia e dali, sempre pelo interior, fomos ter à marginal sul rumo ao farol. entre os chorões matei saudades das camarinhas, um fruto muito pequeno, selvagem, semelhante aos mirtilos na forma mas de cor branca. muito gostoso.
foto de grupo!!
Deus do céu! que ventania! que chuva! não houve impermeável que me tivesse salvo daquela molha!! até o telemóvel se embaciou!

Dojo Zen.

descemos então a marginal. bebi uma ginjinha para aquecer no café do largo dos Remédios e fui conhecer o  Dojo Zen. 
sente-se ali uma presença, uma paz, um estar, um sentir, talvez, um sentir diferente como se o ar não fosse o mesmo que aquele que o vento soprava na janela branca da casa que, noutros tempos, havera sido um externato. deixou-me curiosa ainda que não acredito que seja ali que encontre a minha paz.
apressei o passo, corri um bocadinho e consegui apanhar um pouco do grupo. encontrei o sr. M., que foi um grande apoio para mim no caminho para Fátima e até o grupo se reunir foram dois dedos de prosa muito bons. é uma pessoa encantadora. politicamente correcto, de uma simpatia e um sorriso no rosto sempre presente!

o museu.

a-do-rei! 
já me fascinava o facto de terem restaurado um prédio antigo, fechado há anos! sou absolutamente contra deitar abaixo aquilo que pode ser reaproveitado mais que não sejam as fachadas! o futuro nunca terá sustentabilidade sem um passado presente!
depois apaixonou-me o cuidado que tiveram em pensar nas pessoas que têm limitações físicas assim sendo não só o chão tem um percurso a meio que se distingue pelo material como as paredes possuem as placas de identificação com braille! inteligente e complacente.
e então, não menos importante como é óbvio, mas porque os últimos são os primeiros, a arte! se há coisa que não vem no meu ADN é o jeito para dona-de-casa-seja-de-que-forma-for-a-não-ser-por-obrigação! o que não quer dizer que eu não me perca de amores por trabalhos manuais que incluam linhas e agulhas. a renda de bilros ainda tem a agravante da quantidade de peças que dançam de dedo em dedo como se fosse o corridinho! ah! é que não falamos só em naperons! eu até vou deixar aqui registado que as rendilheiras penichenses deveriam ser tidas em tão ou melhor conta que os grandes nomes da alta costura - não são poucos os prémios nem menos complexos os vestidos, os sapatos, as jóias!
a entrada é gratuita! e é favor escrever uma nota de meia dúzia de letras sobre o espaço ou a exposição que visitam, se faz  favor!

o almoço.

terminada a visita, regressámos ao carro. a vantagem desta caminhada foi a possibilidade de vir a casa trocar de roupa que ainda permitiu um duche quente. que fome! que chuva! (ainda!)
almoçámos no &guarias, conhecido pela alcatra açoreana no pão e no prato mas o almoço era outro: bacalhau com natas ou grelhada mista! tudo agradável como de costume ena maior das simpatias.
a sobremesa? o bolo de aniversário, claro! deli-ci-o-so! muito bonito também, muito perfeitinho! e de-li-ci-oso realmente!

representada pela GardunhaViva cá estava o sr. A. com o seu acórdeão. de Alcongosta só guardo boas memórias, muita pena tive eu de depois das cerejas não provar as castanhas... enfim! águas passadas. e o sr. A. é uma dessas memórias boas. de uma simplicidade no olhar, cativa qualquer pessoa com um sorriso ainda de menino.

a festa continuou cá por casa mas isso fica só pelas fotografias quase inexistentes (risos!!)

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