quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia do Motociclista 2010 - 10 e 11 Abril

Aventura, aventura foi este fim-de-semana!*

Para quem não sabe, ontem, foi o meu aniversário e a proposta há uns meses atrás foi ir ao Dia do Moticiclista. Este ano foi realizado no Montijo com inúmeras actividades. Nós, e quando digo nós, refiro-me à Associação de Motociclismo de Peniche, traçou-nos o seguinte itinerário: saída de Peniche às 14h30min em direcção à Costa da Caparica. Poucos sabiam do meu aniversário, também não fiz questão de que fosse diferente. Chegados à Costa só apetecia cantar a velha música
"Aqui vou eu para a Costa/ Aqui vou eu cheio de pica/ de Lisboa vou fugir/ vou para o sol da Caparica!",
bebido o panaché e comido o gelado para refrescar dos 26ºC que o carro denunciava e o corpo reclamava, lá seguimos em direcção a Setúbal; primeiro a pousada, depois os companheiros de duas rodas, os Xupa Kabras - malta altamente!! Passado aquele período de constragimento, quando não se sabe muito bem como agir, tirando os homens, é claro, já se sabe, não há mini que não os una! Foi uma saturday night muito louca!! As mulheres de lá são muito dadas ao pagode, muito receptivas, merecem 7*!
E é agora que falo do meu aniversário. Virada a meia-noite houve quem se quisesse vingar da minha brincadeira no restaurante ao dizer que na mesa havia aniversariante, tendo sido cantados os parabéns pelas colunas. Esse alguém, amiga dos peitos, teve a sua oportunidade de ouro. Enquanto uns diziam que eu estava na casa de banho, outros afirmavam que eu tinha ido ao carro. O certo é que aqui a menina demorou tempo suficiente para deixar toda a gente nervosa, ou então, era o entusiasmo deles em ver a minha reação da surpresa que os estava a deixar em pulgas!
Fui ao carro. Não tinha pilhas para a máquina fotográfica.
Ora vou eu a entrar, longe sequer de saber que horas eram quanto mais o que conspiravam por ali, quando põem a tocar os parabéns a alto e bom som, "pimba!!" os velhos «Parabens a você, nesta data querida, muitas felicidades...» ainda virei para trás mas depois lá voltei. Não podia fazer desfeita e sabe sempre bem uma surpresa assim. Subi a cadeira que estava bem no meio da sala do motoclube, corada que nem um tomate maduro e depois beijinhos, bejinhos, beijinhos, e uma rodada de beirões às mulheres e uma grade de minis aos rapazes do meu grupo.
Entretanto, lá se deciciu ir conhecer Setúbal à noite, embora fossem três e tal da manhã e os bares fechem às quatro, e depois não há mais nada ali por perto senão as barraquinhas dos cachorros quentes que também não seduzem nada nem em cheiro, nem em cor, nem em sabor, achei tão aborrecida a cidade à noite quanto de dia. Pessoalmente.
Achei piada, apesar de não ter muita na altura, porque os nossos GPS's são mais as vacas, as casas, as árvores e por aí, toda a gente nos dizia "Sempre em frente. Siga sempre em frente, ao fim da avenida corte à esquerda...". Quando forem a Setúbal, não perguntem. Sigam sempre em frente a algum lado hão-de dar.
Ao outro dia de manhã: banho tomado, roupa lavada, um sol espectacular, e um pequeno-almoço reforçado. A noite do outro dia foi agitada o suficiente, se é que me entendo - muita água, muita água. Rumo a Pinhal Novo para almoçar na sede do Motoclube deles. Também fomos muito bem recebidos. De barriga cheia fomos então para o Montijo.
Arrepiante. Foi uma experiência e tanto. O som das motos a chegar. Os coletes, defensores do nome que trazem no peito, que honram. É mais do que nome, é alma.
Eu não sou muito chegada à religião por razões que agora não quero falar mas por ironia do destino, porque só a mim é que estas coisas acontecem, lá fui eu assistir à missa, no meu dia de anos. Torrei! Debaixo daquele sol maravilhoso, que fiz figas para que existisse ontem, durante tanto tempo, torrei; apanhei um escaldão e tanto! Apesar de estarmos junto ao Estuário do Tejo nem uma brisazinha. Resultado: hoje nem a alça do soutien pode lá tocar. Hoje e os próximos dias, tenho idéia...
Mas adorei a missa. Foi tocante. Foi muito bonita. Valeu a pena ter estado debaixo daquela torraça quatro horas e tal. Quero voltar a repetir a experiência para o ano.




*texto escrito no dia doze mas fiquei sem net e só agora consegui publicar!

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