segunda-feira, 7 de março de 2016

alprazolam vs tai chi

nunca acreditei que, também a mim, me apetecesse ficar na cama toda a manhã, todo o dia. uma vontade que não tem nada a ver com preguiça. se pudesse pegar num pincel e esborratar  num qualquer pedaço de papel, a única tinta disponível seria só mesmo o preto, de tão escuro que está o quarto. 
eu cresci a dormir com os estores sempre entreabertos porque odeio despertadores e como não podia, simplesmente, ficar a dormir e esperar conseguir acordar a horas, pareceu-me boa ideia fazê-lo com a luz madrugadora do amanhecer (em vão os esforços do galo da minha avó). o J. gosta de dormir com tudo fechado! puf!
sempre fui boa para dormir. consigo dormir até mais de meio da manhã e conseguir fazer a minha sesta e à noite, à hora que for, estou prontíssima para me deitar. estranho, não?!
mas agora é um pouco diferente. uma apatia tomou conta de mim. um desinteresse. um não-quero-saber/não-me-interessa...
estive uns dias a conhecer o alprazolam. não nos entendemos a 100%. ou eu estava muito desconfiada ou a dosagem é pequena ou o meu desinteresse tem sido desdenhado.
hoje, ao subir as escadas do ginásio e, após continência ao sr. R., fui convidada a fazer uma aula nova: Tai Chi.
não tenho a certeza da capacidade daquela aula, se a respiração ou a força/energia, a contracção do meu abdómen ou o relaxamento dos meus ombros... certo é que à pala do sr-macaco-diz foi hora e meia bem passada. o O. à minha espera, coitado, para um café...
no entanto, ainda consegui almoçar e tive um quarto de hora para o prometido café e estive estranhamente em... paz (?!) e hoje vou deitar-me na minha cama, aninhar-me nos meus lençóis polares, na melhor companhia porque amanhã o sol volta a levantar-se por volta das 06h55 e eu voltarei a pôr-me de pé às 07h30.

... 

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