sexta-feira, 11 de março de 2016

a verdade é esta.

eu falo muito. desde que me lembro que falo muito. falo com e da família, com e dos amigos; conversas de circunstância com gente do café, do autocarro (quando andava de autocarro), no mercado, na rua; portanto, falo com gente que não conheço e até falo sozinha. bem sozinha então... nem vamos por aí!
sempre gostei de comunicação. as palavras existem para alguma coisa. e já que não somos surdos-e-mudos então que tenhamos uma voz activa. uma expressão. uma presença!
gosto de falar. tenho sempre alguma coisa a dizer, alguma coisa para contar e até uma piada que sai sem ser pensada. uma expressão que, pelos vistos, há sempre alguém que não tinha ouvido até ali ou simplesmente porque foi dito de uma forma diferente seja pelo tom ou pelas palavras escolhidas.
já me perguntaram se eu tinha bicho-carpinteiro e já me chamaram de tagarela. quem me conhece sabe que sossego e srª d.ª Tânia não são compatíveis. algo não está bem. esta é a verdade. ou estou doente ou algo me abafa. nada que um anti-viral não resolva ou um ansiolítico não solucione. ou não. depois, dou por mim, a dar voltas à cabeça em busca de uma solução. mas voltas de 360º nunca mudaram nada a ninguém e as de 180º parecem saber muito a pouco. além disso quem está habituado a dar demais não se contenta em dar na medida certa e acaba dando de menos. e temos um círculo vicioso. não há uma noção. não está escrito em lado nenhum.
estou aqui a 100%. se calhar, por mais estranho que soe, não estou a 100% mas estou a 200% ou estou a muito mais... não sou mulher de metades. não gosto de meias palavras que antecedem a meias conversas que deixam subentender meias ideias e alimentam minhoquinhas insignificantes porque tudo isto vale o que vale, como diz a S., e tudo na vida tem a sua razão de ser e a importância que resolvemos aplicar. o meio termo não é fácil de adquirir e não creio que abra mais portas; pelo contrário.

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