domingo, 17 de janeiro de 2016

51ª Caminhada Trilhos do Mar: Miradouros do Tejo

"Lisboa menina e moça, menina" na-na-na-na-na... na naaaaa....
hoje foi dia de conhecer Lisboa, a menina de todas as cores, de todas as crenças, de olhos azuis como céu e o mar, com voz de menina quando entoa o Fado.
tanta vez quis experimentar as caminhadas organizadas pelos Trilhos do Mar mas por algum motivo nunca se proporcionou. assim que convenci o Viola a ir também o despertador ficou responsável por nos acordar às 06h45min. 
09h28min já tínhamos o carro estacionado e os amigos reunidos numa rua paralela á do estacionamento do Mercado da Ribeira. Primeira cache do dia mesmo a dois metros de distância do ponto de encontro (a dica não está actualizada :) ) e siga caminho!
10h00min começou a aventura de 10km, mais ou menos, pela bela cidade lisboeta com início no Cais do Sodré/Mercado da Ribeira terminando no mesmo local com intuito de dar a conhecer alguns dos miradouros do Tejo. 

não tardámos a subir o primeiro lance de escadas em direcção ao Adamastor, passando pela Bica. "A BICA É LINDA!!", gritava um painel de azulejos. continuámos a subir com as sardinhas festeiras, no perfume do manjerico, quando aos meus pés encontrei uma frase entre degraus que dá que pensar: "Temos por vizinha a viagem"

descemos, subimos, descemos... no meio de uma lisboeta muito pacata ao contrário do que pensei encontrar, aliás, a maior agitação que senti foi nos intervalos de cor dos graffitis que cobriam as paredes abandonadas independente do passado que tivessem tido. colina acima, curva à direita, depois curva à esquerda, umas tantas escadas, outros tantos graffitis, chegámos ao miradouro de Alcântara e fizemos outra cache. A anaper. é que deu logo com ela, hoje vinha com o sentido de orientação geocachiano bem apurado, como sempre, diga-se de passagem! mais uns registos fotográficos para de seguida encontrarmos o cauteleiro, tive quase para lhe dar um beijo nas faces frias e brônzeas mas fui assolada por uma vergonha inesperada e seguimos caminho. de repente, um monumento majestoso: Museu de Arqueologia do Carmo...
chegávamos às portas de Santo Antão houve tempo para outra cache, conhecer a igreja de São Domingos e para um breve momento de reflexão: "Óh terra, não ocultes o meu sangue e não sufoques o meu clamor!" (job 16.18)

depois voltámos a subir as linhas do eléctrico, todos eles graffitados - curioso, em direcção à Senhora do Monte. muito se subiu, inclusive, se poderá afirmar que foi a derradeira subida, não só pelas inclinações como pela alternância de rampa das linhas com as escadas e escadinhas. o fascinante desta subida, pois tudo tem o seu lado positivo, foi o domínio das latas de spray, uma vez mais, nem tanto pelos rascunhos ou palavras pouco legíveis para leigos como eu mas pelas imagens que guardam aquele caminho: reais, surrealistas, abstractas, caricaturistas... todas elas muito explícitas na sua mensagem. chegámos, por fim, cumprimentados pela ninfeta e o querubim do jardim junto à igreja. outra cache se escondia por ali mas não demos com ela. o castelo de São Jorge de um lado, o rio ao fundo, uma arquitecutra cada vez mais familiar e uns tantos registos fotográficos e encarámos a descida.
viemos ter ao jardim que, não fora as árvores, já só há calçada portuguesa, cujo nome é muito... tipicamente... português "Jardim das Pichas Murchas" - desconheço a história. 
demos com a nossa Amália Rodrigues e logo mais abaixo, no miradouro de Santa Luzia e das Portas do Sol viam-se dois empregados de mesa tão bem dispostos que dançavam ao som de uma música, que, infelizmente, não me recordo; no entanto, não esquecerei a frase que encontrei acima de uma menina escondida no seu ninho "Anda ser feliz comigo", bonita libelinha.

entretanto, uns metros mais abaixo da Igreja da Sé de Lisboa, existe uma pequena loja que vende azulejos de fabrico artesanal que, talvez, quem sabe, ao fundo, atrás de uma porta estreita, tenha a olaria e um amontoado de papéis-rascunho em relação à qual e por causa da mesma vou atrever-me a catalogar as cores desta forma e por esta ordem: amarelo-canário; vermelho-paixão; azul-céu; verde-relva; laranja! assim são as cores dos azulejos de fabrico artesanal à entrada da loja que os vende, 
a caminhada já ia longa, passava pouco das 13h00, quando chegámos ao arco da rua Augusta e por conseguinte a Praça do Comércio. mais umas fotos aqui, outras ali, o tempo continuava sisudo e agora a fome apertava.
beijinhos e abraços entre todos os caminhantes e os resistentes foram à procura de almoço numa qualquer tasca onde houvesse lugar para os dez elementos do grupo que acabara de se formar.
finalmente encontrámos um canto simpático, a tasca da tijuca. entrámos. pedimos. e caiu na rua uma tromba de água descomunal!

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