sexta-feira, 20 de julho de 2018

verdades (...)

eis uma nova velha verdade, agora assumida, de várias histórias dignas de enredos de uma novela: "o maior cego é aquele que não quer ver". e, assumida a verdade, surge um sentimento controverso, resignado, avesso, malcriado.
somos meio reis e meio bobos nesta corte. pomos e dispomos como bem nos dá na real gana, achamos nós!, que, ao fim e ao cabo, feitas as contas, andamos à mercê de alguma coisa que nem marionetes. 
a iminência da guilhotina é tão real quanto o brilho da sua lâmina - é um risco sério de vida! 
e no entanto, nesta teatralidade com que pactoamos, o público não se torna mais exigente nem os actores se esforçam para coisa alguma nem nada, nada, nada... não há sequer uma voz-off que socorre ou que alerta para o estado de caos, para onde caminhamos.

andamos iludidos, deslumbrados, cegos.
em boa verdade se pode dizer até que nem consciência há do estado d'alma da gente! e nisto, corre o tempo atrás daquilo que podia ser teu e não é.

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