quinta-feira, 19 de julho de 2018

leprechaun, leprechaun, onde andas tu?

o lago só tem encanto pelos nenúfares que ali desabrocha; d'outra forma é um poço de água choca.
assim se vê como são as pessoas que nos rodeiam, que nos cercam, que nos sufocam, que nos invejam.

a alegria que a chuva traz é a ilusão do alcance ao fim do arco-íris e não sei se somos todos uma cambada de estúpidos por acreditar em tal possibilidade, se somos uns eternos parvos nesta algazarra ou se entrámos em banca-rota e neste vale-tudo as moedas de ouro que precisamos para entregar ao barqueiro valem nada.

o charco só deixa ver os girinos nadarem entre as ervas enquanto não pegas numa caniça e alcanças o lodo. até tem o seu encanto não fosse o fedor que pensas que sentes por que reconheces a imagem à tua frente.
a sociedade anda assim: muito apregoa ao respeito; muito saúda os bons e velhos costumes do tempo dos meus avós; muito se marimba para a moral e a honra. 
"o hábito faz o monge" e de tempos a tempos para que não
provassem do próprio veneno haviam todos se transformar em carmelitas, dizem que o silêncio é d'ouro. 
ainda não capturei o meu leprechaun, que não posso dizer eu?

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