quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Halloween for God!

algo vai mal na sociedade. 
não, não é um post sobre política ou religião nem sobre teorias intuitivas! mas que é estranho, é.

nunca brinquei ao carnaval nem fui ao pão por Deus e descobri o Halloween só no ciclo e também nunca tinha ouvido falar em tal. comparei-o com o nosso carnaval e a professora disse que não tinha nada a ver mas para mim fazia muito mais sentido que ser metade carnaval metade pão por Deus já que andam de porta em porta a pedir doces mascarados. hoje, certamente com a velocidade a que corre a informação através da internet e das redes sociais e dos meios de comunicação tão adaptados às necessidades instáveis da sociedade acho que chegamos a determinados excessos. na manhã desta quarta-feira tinha um papelzinho pendurado no cacifo da creche do X. o recado mencionava a tradição do pão por Deus e cada encarregado levaria o que podia e sugeria os tradicionais doces e
novas alternativas: frutos secos e fruta. tive muita pena de não ter tido tempo para fazer bolachinhas sem ovo, sem leite, sem glúten...  sim, que hoje em dia é um leque  de restrições alimentares que uma pessoa até tem medo do que escolher! comprei umas tangerinas (espero que alguns pais já tenham inserido os citrinos).
foto da net
já estava em grandes devaneios para decorá-las como se fossem abobrinhas quando me ocorreu: "helloooo!!!!!???? it's not Halloween!!!!"; enchi uma cesta de vide e lá subi as escadas com o menino ao colo de um lado e a cesta de braçado do outro. 
o X. também trouxe pão por Deus para casa. adorei a ideia mas fiquei decepcionada quando abri o embrulho - então e as opções saudáveis?? lá dentro vinham palmieres, biscoitos de manteiga, línguas de gato, um chocolate (what?!)... o mais saudável só mesmo umas mini bolachas Maria e ainda assim... enfim. 
voltando à tradição do dia que, até é feriado, saí do talho esta manhã e deparei-me com uma criança de mão dada a uma adulta; chamou-me a atenção as collants cinzentas com três riscas coloridas que se cruzavam atrás dos joelhos. na mão levava uma cesta de plástico em forma de abóbora com ar maquiavélico, típico da tradição hallowuinica (esta palavra não deve existir), cheia de guloseimas como manda a nossa tradição deste primeiro de novembro... e eis que surge a minha questão do dia: "então agora substitui-se o tradicional saco de pano por cesto em forma de abóboras de plástico para ir ao pão por Deus?" desculpem-me mas há para aqui uma crise de identidade qualquer!!

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