sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Minion de sentinela

já em casa dos meus pais havia uma regra d'ouro que só por motivos muito, muito excepcionais era quebrada: dormir era com as luzes apagadas. e porquê?? "porque a luz 'tá cara!", era a resposta, alternada, de vez em quando, com a tão bem conhecida: "porque sim!!"
com o pequeno a caminho a regra era para se manter, quais luzes de presença, quais quê! até por que com tanta tecnologia à disposição qualquer luz de ecrã do telemóvel é mais que suficiente. (ou assim devia ser ou assim pensava eu) até que... numa noite abençoada em que sabe-se lá quanto tempo levei a acordar com os beca-becas (onomatopeia longe de ser o mais real possível às vocalizações de um bebê de dias) da criança, lá me levantei para preparar o biberão, lá lho dei, e lá mudei a fralda. 
eis a minha descoberta: o polvo é um animal perfeito e eu ambicionei sê-lo! ao mesmo tempo que com dois tentáculos preparava o leite, com um terceiro dava a chucha para acalmar, com outros dois mudava a fralda e com um outro segurava o bem dito telemóvel. tomem nota que ainda assim me sobravam dois tentáculos! mas o que sou eu? uma insignificante mãe humana com dois braços.
o menino tem cocó. são três da manhã e o nosso melhor amigo são as toalhitas! até que aconteceu o impensável: deixar o cair o telemóvel. onde?? mesmo no meio da cagada! e pronto! era merda por todo o lado! nas pernas da criança que, entretanto, soltaram-se das minhas mãos, e novamente no rabinho, e no ecrã do bendito telemóvel.
na semana seguinte, chegou cá a casa, um substituto à altura do desafio! um minion que para candeeiro tem pouca luz e para luz de presença está bem à frente do seu tempo. o que é certo é que dali em diante as madrugadas continuaram apenas a ser malcheirosas!

p.s.: obrigada Gru!

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