quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

o mundo, a tecnologia e a nabiça!

quando eu tinha dez anos e comecei a escrever uns versos num caderno preto de linhas finas, azuis, não imaginava as voltas que o mundo dá e as que deu com a tecnologia, o malandro!
era tudo tão simples e tudo tão pacato: pegar num lápis, numa esferográfica e com maior ou menor paciência ou tempo rascunhar qualquer coisa. tenho à volta de uns cinco ou seis cadernos assim de manuscritos.
hoje em dia, é todo um mundo desconhecido!

escrever online já é meio caminho andado para perceber que é muito fácil perder o controlo daquilo que é escrito ainda que aliciante: abrir as estatísticas da plataforma e constatar quais os sistemas operativos usados, quais as fontes de tráfego, os países que me encontram... meio mundo atrás de uma tela. e um leque de sugestões à mão de semear: canais de youtube, página no pinterest, no twitter, no facebook, instagram! (...) oh tantas que eu não conheço nem os símbolos!
a swonkie dá uma ajudinha, é verdade! mas tanta nabice do meu lado dá para fazer uma sopinha para quinze dias! 
é muita coisa para processar... se eu fosse uma ilustração de BD aposto que o meu cartonista, neste momento, desenhava um balão de pensamento com a palavra loading apoiada na barra de carregamento (já lá vai o tempo que as reticências eram donas e senhoras do suspense).
pois, vocês riem-se! mas eu ainda sou do tempo que os telefones eram realmente fixos; não existiam telemóveis nem telenovelas de hora a hora; não se ouvia falar em internet; as codrelhices sabiam-se à saída da missa e à porta da taberna. hoje em dia basta entrar no perfil de um qualquer amigo online e é uma aventura entre o novo e o velho acordo ortográfico, e erros orto-básicos, frases mal construídas que transformam o leitor em disléxico.
ah! e em miúdos não podíamos fazer caretas mas agora inventaram o snapchat!
e o meu pai ralhava comigo quando dizia "bué isto; bué da bué; bué da bom! ..." e, hoje em dia, os estrangeirismos predominam na nossa língua materna; bem, pelo menos ainda é tudo filho do latim até o chinês se lembrar de tutelar a língua de Camões!

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oh mundo gigante!





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