eis outro dia tão insignificante como outros que já passaram por mim e ficou quase tudo na mesma.
hoje fez sol. choveu. chove ainda. mas resolvi combater a ressaca de açúcar no aconchego da minha cama, daqui a pouco estava enjoada com' ós porcos com tanta porcaria de tanto chocolate!
tenho aos pés a gata. peluda. quente. ronrona; ao meu lado, tenho o maior tesouro da minha vida, o meu filho.
sim, ficamos mais lamechas com a maternidade. só hoje me dei conta disso.
acordei-o de manhã. bebeu o leitinho todo. vesti-lhe quase três mudas de roupa. deixei-o na creche. chorou. quanta maldade há no mundo que veio do berço: interromper um sono lindo de ver para deixar o bebé num local estranho com pessoas estranhas...
***
entrei no prédio e subi as escadas de rompante; cheguei espavorida, despenteada, cansada...
já dorme?, perguntei a medo enquanto procurava com os olhos os caracóis desalinhados, o olhar ensonado, a fralda a roçar-lhe nas bochechas e o sorriso escondido atrás da chucha.
" - já..."
senti um desalento tão grande... um dia de treta que terminou finalmente mas sem trocar olhares e fazer traquinices com o meu amor maior... só entende quem é mãe.
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