a senhora-dona-fulana-tal anda sempre tão bem vestida... um charme de pessoa. que classe! de chiffon sobre os ombros e a raposa enrolada ao pescoço, os louboutinis nos pés e os prada vistosos na cara contra os raios UV não vá o fond de teint ser um inútil às sardas e, em prole da não existência de linhas de expressão, ri para dentro, faz biquinho por simpatia.
o crista chinês, ao colo, fluffy, na placa luzente ao pescoço do animal, tem uma latida tão irritante quanto arrepiante são os olhos, esbugalhos, da criaturinha, coitado, não tem culpa!
a madame desce a calçada de nariz arrebitado, indiferente a tudo: uma menina poderá passar por ela, tropeçar e cair, não a afectará. o aleijado da guerra pedirá esmola na sua passagem, não a afectará. não compreende o mundo que a rodeia fora das pradas e dos armanis e do choffeur!
o crista chinês, ao colo, fluffy, na placa luzente ao pescoço do animal, tem uma latida tão irritante quanto arrepiante são os olhos, esbugalhos, da criaturinha, coitado, não tem culpa!
![]() |
imagem retirada daqui |
"maria! traga me o chá!"; "maria! leve o fluffy!" "maria...!!!" porque todas as empregadas domésticas são criadas de nome maria.
uma senhora, disse-me uma vez, que a amiga abominava o nome maria porque era nome de criada. bem... marias há muitas... e excelentissimas então... vejo aqui algum empate... ou não!
a senhora-dona-fulana-tal entra na loja nova lá do bairro, muito chic! - a loja, uma montra de requinte com as novidades da nova colecção ao rubro!! a menina do balcão, empregadita, deve pensar, não lhe diz bom dia, não lhe pede licença, não pronuncia "por favor", não se despede. uma vista de olhos breve e, à saída, o cachorro vem adornado com a etiqueta da renda do último grito da alta costura!
em melhor tom e nível, que o merecido, a versão maria-lojista chama por sua excelência, da porta. "oh fashavor, madame, tem a receber o troco e a factura para o IRS!"
uma senhora, disse-me uma vez, que a amiga abominava o nome maria porque era nome de criada. bem... marias há muitas... e excelentissimas então... vejo aqui algum empate... ou não!
a senhora-dona-fulana-tal entra na loja nova lá do bairro, muito chic! - a loja, uma montra de requinte com as novidades da nova colecção ao rubro!! a menina do balcão, empregadita, deve pensar, não lhe diz bom dia, não lhe pede licença, não pronuncia "por favor", não se despede. uma vista de olhos breve e, à saída, o cachorro vem adornado com a etiqueta da renda do último grito da alta costura!
em melhor tom e nível, que o merecido, a versão maria-lojista chama por sua excelência, da porta. "oh fashavor, madame, tem a receber o troco e a factura para o IRS!"
Sem comentários:
Enviar um comentário