entreguei-me várias vezes, por várias e longas noites em queda livre das lágrimas que me caíam do rosto sem fim à chegada, sem noção donde nasciam.
entreguei-me muitas vezes a elas, sufocando o grito na almofada, à noite, abafando-o em gargalhadas altas e repentinas, enrolada em porquês e a patinhar num limbo interinável.
tenho comigo desde a infância, todas as ferramentas que preciso para lidar com momentos assim. porém, a minha natureza obriga-me a baixar os joelhos e curvar-me perante a minha dor e em simultâneo a minha ancestralidade e a minha essência.
por cada lágrima caída, um desafio superado.
por cada choro, uma aprendizagem.
por cada gargalhada, uma satisfação de quem fez o que podia ter feito.
aprender a lidar com o ego é algo que ninguem nos ensina a não ser a vida, e ela não é madrasta, é só incompreendida.
tu fazes o teu destino, escolhes ser a personagem principal ou secundária, carrasco ou vitima mas mais importante que o papel é que a escolha seja tua.
perdoa e segue.
foca-te no objetivo principal. descobre o teu motivo. o teu querer. a tua essencia. o resto vem. sempre vem. no tempo que tem de vir. trabalha a tua sapiência, a tua paciência e o teu ego curvar-se-a perante ti quando perceber que quem escolhe as batalhas és tu e quem as termina és tu também!